
Organização criminosa é suspeita de desviar cerca de R$ 10 milhões, com a participação de brasileiros e portugueses nos crimes.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Na manhã desta terça-feira (28/5), a Polícia Federal (PF) lançou a Operação Redescobrimento para desmantelar uma organização criminosa internacional que desviou cerca de R$ 10 milhões de contas bancárias de clientes de bancos portugueses. A operação faz parte de uma investigação conduzida pela Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF, focada em fraudes bancárias eletrônicas.
A operação resultou no cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva em várias cidades brasileiras, incluindo Fortaleza (CE), Imperatriz (MA), Gurupi (TO), Jacareí (SP), São Bernardo do Campo (SP), Caraguatatuba (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Vila Velha (ES) e Brasília (DF). Também foram emitidas ordens judiciais de bloqueio de bens e valores.
As investigações começaram após a Polícia Judiciária de Portugal, por meio da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), fornecer informações coletadas durante a Operação Vera Cruz. A colaboração entre as autoridades policiais e jurídicas do Brasil e Portugal, com o apoio do Financial Crime and Anti-Corruption Centre (IFCACC) da INTERPOL, foi essencial para o avanço das investigações.
A investigação revelou uma sofisticada rede criminosa que operava a partir do Brasil para fraudar contas bancárias em Portugal. O grupo utilizava técnicas de phishing, smishing e vishing para obter dados bancários das vítimas. Além disso, alguns membros faziam ligações telefônicas com sotaque português para enganar as vítimas e obter informações confidenciais.
Os fundos desviados eram inicialmente transferidos para contas de “laranjas” em Portugal e, posteriormente, trazidos ao Brasil por meio de empresas de transferências internacionais. No Brasil, os valores eram movimentados para dar uma aparência de legalidade aos ganhos ilícitos. A organização também lavava dinheiro por meio de investimentos em criptoativos, que eram convertidos em dinheiro para uso dos criminosos.
Os envolvidos são acusados de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro.
Balanço da Operação: Todos os alvos da operação foram presos: 2 em Fortaleza (CE), 1 em Imperatriz (MA), 1 em Gurupi (TO), 1 em Jacareí (SP) e 1 em São Bernardo do Campo (SP).
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