
Partidos de direita ganham terreno em diversos países
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Entre os dias 6 e 9 de junho, eleitores dos 27 estados membros da União Europeia participaram das eleições para renovar o Parlamento Europeu, marcando uma participação de 51%. Os resultados iniciais destacam um fortalecimento dos partidos de direita e extrema-direita em várias nações do bloco.
Os primeiros resultados revelam um crescimento dos partidos de direita e extrema-direita em várias nações do bloco. O Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, ganhou cinco novos assentos, alcançando um total de 181 eurodeputados. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, declarou que o PPE representa a estabilidade e que nenhuma coalizão majoritária poderá ser formada sem a participação do partido.
Projeções e impactos por país
Alemanha: O Alternativa para Alemanha (AfD), de extrema-direita, cresceu significativamente, obtendo 16,5% dos votos, subindo 5% desde 2019. O Partido Democrata Cristão (CDU), de centro-direita, ficou à frente com 29,5%, enquanto o Partido Social-Democrata (SPD) sofreu uma queda, terminando em terceiro com 14%.
Áustria: Pela primeira vez, o Partido da Liberdade, de extrema-direita, liderou as eleições europeias, antecipando um cenário semelhante nas próximas eleições parlamentares nacionais.
Bélgica: O Nova Aliança Flamenga (N-VA) manteve-se como o maior partido, apesar do avanço do Vlaams Belang (VB), de extrema-direita. Os liberais flamengos perderam terreno, enquanto o Mouvement Reformateur foi o mais votado em Bruxelas e na Valônia.
Bulgária:O partido GERB, de centro-direita, venceu, mas precisará de parceiros de coalizão. O reformista Nós Continuamos a Mudança ficou em segundo, seguido pelo ultranacionalista Revival.
Eslováquia:O Eslováquia Progressista, de oposição liberal, superou o SMER-SD, partido do governo nacionalista, demonstrando uma virada política significativa no país.
França: O União Nacional (RN), de extrema-direita, liderou com 31,5% dos votos, enquanto o partido Renascimento, do presidente Emmanuel Macron, ficou em segundo com 15,2%. Os resultados provocaram a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições legislativas.
Hungria: O Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán, venceu com 43,7% dos votos, embora tenha visto uma queda de 10% desde 2019. O novo partido Tisza ficou em segundo com 30,7%.
Itália: Os Irmãos da Itália, liderados por Giorgia Meloni, ganharam a maioria dos votos, fortalecendo sua posição política. O Partido Democrata de centro-esquerda ficou em segundo com 23,7%, seguido pelo Movimento 5 Estrelas com 10,5%.
Polônia: A Coligação Cívica (KO), de centro-direita, venceu, consolidando-se como uma força dominante. A campanha foi marcada por preocupações com a segurança.
Romênia: A coalizão dos social-democratas (PSD) e liberais (PNL) obteve 54% dos votos, enquanto o grupo de extrema-direita AUR ficou em segundo com 14%.
República Checa: O partido ANO, de oposição populista, superou o grupo de centro-direita Spolu, que lidera o governo.
Conclusão
Os resultados das eleições europeias de 2024 mostram um fortalecimento dos partidos de direita e extrema-direita em diversos países da União Europeia. Este cenário sugere uma mudança significativa no equilíbrio político do Parlamento Europeu e pode influenciar as políticas futuras do bloco.
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