Processo sigiloso expõe abusos de Moraes em utilização de órgão do TSE

Ação investiga o uso irregular de denúncia “anônima” e manipulação de órgão do TSE para atingir apoiadores de Bolsonaro.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Um processo em sigilo, que já se arrasta por quase dois anos, revelou graves erros cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no uso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A investigação gira em torno da utilização informal do órgão de combate à desinformação do TSE, especificamente em um caso envolvendo um ex-deputado estadual cujas redes sociais foram bloqueadas por ordem direta de Moraes.

De acordo com informações divulgadas, o ministro teria solicitado uma investigação, registrada posteriormente como denúncia “anônima“, para alimentar inquéritos criminais em andamento contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Este esquema expõe um uso inadequado das ferramentas institucionais e coloca em foco a interferência de Moraes em processos que deveriam ser conduzidos de maneira transparente e imparcial.

O incidente começou em novembro de 2022, quando o juiz Airton Vieira, auxiliar direto de Moraes no STF, trocou mensagens com Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE. Essas conversas levantam questionamentos sobre o papel do TSE na condução de investigações que têm como alvo figuras ligadas ao bolsonarismo, o que gerou reações e críticas de setores que enxergam um possível abuso de poder.

Procurado pela imprensa, Alexandre de Moraes preferiu não se manifestar sobre o caso, mantendo o sigilo e o mistério sobre o teor dessas denúncias e a legalidade de suas ações.

Esse processo sigiloso apenas reforça as críticas feitas ao ministro, apontando para um possível uso político de instituições que deveriam zelar pela imparcialidade e pela justiça.

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