Quarta queda ministerial no governo Lula, decisão foi anunciada em edição extra do Diário Oficial da União.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Nesta sexta-feira (6), o governo decidiu demitir Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania. A decisão veio após graves acusações de assédio sexual contra várias mulheres, incluindo a ministra Anielle Franco, responsável pela pasta de Igualdade Racial.
A demissão foi formalmente anunciada em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), confirmando o afastamento de Almeida. Em um comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), a nota oficial explicita que “as graves denúncias” enfrentadas pelo ministro tornaram “insustentável a sua manutenção no cargo”. A Secom também reiterou que “nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada” pelo governo.
Nota oficial divulgada no Diário Oficial da União
A saída de Silvio Almeida marca a quarta troca de ministro durante o governo Lula, refletindo um período turbulento na administração federal.
A acusação
Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, está sendo acusado de assédio sexual por várias pessoas, entre elas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Essas denúncias foram apresentadas em uma nota da organização Me too Brasil .
Diversos veículos de comunicação têm mencionado uma citação sobre Anielle. O comunicado emitido pela organização Me too Brasil não mencionava diretamente a ministra. De acordo com a , a coluna do jornalista Guilherme Amado no Metrópoles solicitou confirmação das acusações, e a exposição do caso ocorreu com o consentimento das vítimas, uma vez que as informações permanecem confidenciais.
A entidade destacou que as mulheres foram assistidas através dos canais de atendimento da organização, recebendo suporte psicológico e jurídico. Segundo uma reportagem divulgada, os alegados episódios de assédio envolviam toques nas pernas de Anielle, beijos inadequados durante cumprimentos e comentários de natureza sexual.
Além disso, o portal informou que o caso já foi encaminhado para a Controladoria Geral da União (CGU), o ministério encarregado de lidar com assédio moral e sexual no serviço público federal. A mesma reportagem indicava que o assunto é conhecido por vários ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco.
Na noite de quinta-feira, 5 de setembro de 2024, Silvio Almeida publicou um vídeo para se defender das acusações de assédio sexual. Na gravação, ele alegou que havia um grupo tentando “apagar e diminuir” sua presença e solicitou que o Ministério da Justiça, a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Controladoria Geral da União (CGU) investiguem o caso.
Vídeo publicado no Instagram por Silvio Almeida
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