
Disponível com receita médica, o produto contra a influenza tem como objetivo ampliar o acesso à imunização
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Nos últimos dias, os Estados Unidos deram um passo significativo rumo à maior acessibilidade das vacinas contra a gripe ao autorizar a primeira vacina em formato de spray nasal que pode ser autoadministrada pelos pacientes.
A vacina, chamada FluMist e produzida pelo grupo farmacêutico AstraZeneca, já contava com a aprovação da FDA, a agência responsável pela regulamentação de medicamentos no país, para uso em indivíduos com idade entre dois e 49 anos.
No entanto, até este momento, sua aplicação só era permitida em farmácias e estabelecimentos de saúde, sendo necessária a presença de um profissional de saúde para administrar o imunizante.
Os menores de idade não têm permissão para aplicar a vacina sozinhos, mas os pais ou responsáveis têm a autorização para fazê-lo. O diretor da FDA, Peter Marks, destacou que essa inovação representa uma alternativa conveniente, flexível e acessível para a vacinação segura e eficaz contra a gripe sazonal, ensaiando um avanço no combate a essa doença.
Embora os pacientes possam se autoaplicar a vacina, ainda será necessário apresentar uma receita médica para adquiri-la. Essa receita pode ser obtida por meio de farmácias online, conforme esclarecido pela agência reguladora. A AstraZeneca indicou que essa nova possibilidade de autoaplicação estará disponível a partir do outono americano.
Além disso, a vacina será disponibilizada com um guia de instruções de uso, que foi fundamentado em um estudo que garantiu sua clareza. Iskra Reic, da AstraZeneca, afirmou que a autorização para autoadministração é um avanço crucial para tornar as vacinas mais acessíveis ao público.
O imunizante utiliza um vírus vivo atenuado, e o efeito colateral mais comum relatado é a febre, especialmente em crianças entre dois e seis anos.
De acordo com dados das autoridades de saúde, entre 2020 e 2023, a gripe nos Estados Unidos foi responsável por um número significativo de mortes, variando de 4,9 mil a 51 mil óbitos, com quase 200 milhões de doses da vacina já distribuídas globalmente.
Essa nova abordagem pode representar uma mudança importante nas estratégias de vacinação e no enfrentamento das epidemias de gripe.
• Leia mais:
Faça um comentário