
Estrategista destaca expectativa de uma “onda vermelha” com possível vitória de Trump e influência nas ações.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro, estão dominando a atenção dos investidores, eclipsando até mesmo os resultados financeiros das empresas no terceiro trimestre de 2024. Para Paulo Gitz, estrategista global da XP, o retorno de Donald Trump como favorito nas pesquisas está gerando grande impacto no mercado financeiro.
Durante sua participação no Morning Call da XP, Gitz observou que as eleições estão “ofuscando” a temporada de balanços das empresas na Bolsa de Nova York. Segundo ele, a preferência de Trump sobre a atual vice-presidente Kamala Harris vem levando os investidores a se posicionarem para um cenário político favorável ao Partido Republicano.
Favoritismo de Trump e a “onda vermelha”
“Na semana passada, (Donald) Trump voltou a ser favorito e o mercado começa a se posicionar para o provável governo Republicano”, destacou Gitz. “Além disso, o mercado também começa a se posicionar para possível ‘onda vermelha'”, completou. No contexto político dos EUA, a expressão “onda vermelha” refere-se a uma vitória esmagadora do Partido Republicano, tanto na Casa Branca quanto no Congresso.
De acordo com Gitz, o crescimento das chances de uma “onda vermelha” tem levado a uma performance superior das ações que tendem a se beneficiar de um governo republicano. “A grande probabilidade hoje é de onda vermelha”, afirmou ele, destacando que a perspectiva de Trump retornar ao poder está gerando uma movimentação significativa no mercado.
Impacto na política monetária e dúvidas sobre cortes de juros
Gitz também comentou sobre a economia americana, indicando que, apesar de sinais mais suaves de inflação, a curva de juros continua a subir. Ele explicou que dados de emprego mais robustos e a ausência de uma queda significativa na inflação estão pressionando a política monetária, dificultando cortes de juros.
“O mercado hoje tem a maior probabilidade de um corte de 0,25 pp na reunião de novembro (do Federal Reserve) e de 0,25 pp na reunião de dezembro, mas não é 100% de chances que haverá corte”, destacou o estrategista, demonstrando certa cautela com a evolução do cenário econômico.
Leia mais
Quadrilha é presa em operação que desvenda golpe milionário em planos de saúde
Moradores bloqueiam vias em protesto contra a falta de energia em São Paulo
Faça um comentário