Eleições de 5 de novembro nos EUA iniciam com votação antecipada em dez estados

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O calendário eleitoral dos EUA marca o dia 5 de novembro como o “Dia das Eleições” de 2024, mas a votação já começou em dez estados, com opções de votação antecipada e pelo correio.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

As eleições gerais de 2024 nos Estados Unidos estão prestes a ganhar um novo capítulo. Com o “Dia das Eleições” agendado para 5 de novembro, já há movimentação nas urnas, com votação antecipada ou pelo correio em dez estados. Embora apenas três estados – Alabama, Mississippi e New Hampshire – requeiram que os eleitores compareçam pessoalmente no dia das eleições, 47 estados oferecem alternativas, cada um com suas particularidades.

O sistema eleitoral americano, que não obriga o voto, busca facilitar a participação dos cidadãos. Muitos eleitores optam por votar no dia oficial, atraídos pela atmosfera do evento, mesmo enfrentando filas longas. Para aqueles que preferem evitar as aglomerações ou estão ansiosos para apoiar seus candidatos, quase todos os estados oferecem a possibilidade de votar antecipadamente.

Os eleitores que optam por não ir às urnas podem solicitar uma cédula para votar em casa, que deve ser devolvida por correio ou depositada em caixas de votação (drop-off boxes). Apesar disso, alguns estados controlados por republicanos buscam restringir essa opção legalmente.

De acordo com o “Center for Election Innovation and Research”, dos 50 estados dos EUA, 38, mais o Distrito de Columbia, oferecem tanto a votação antecipada pessoalmente quanto pelo correio. Os outros nove estados permitem a votação pessoal, mas exigem justificativas para a votação por correio, como dificuldades de locomoção ou ausência, algo comum entre os militares.

Os primeiros dias de votação antecipada indicam um comparecimento recorde, sugerindo que as eleições deste ano mobilizarão um número considerável de eleitores, especialmente em um cenário polarizado, com implicações significativas para a candidatura de Kamala Harris (democrata) ou Donald Trump (republicano).

Contudo, o sistema eleitoral americano apresenta uma peculiaridade: a eleição presidencial é decidida pelo Colégio Eleitoral. Isso significa que, enquanto os eleitores votam para presidente, na verdade elegem delegados. O vencedor é determinado pelo número de delegados conquistados, e não necessariamente pelo voto popular. Um exemplo claro é a eleição de 2016, em que Hillary Clinton obteve 2,9 milhões de votos a mais que Trump, mas este último venceu ao conquistar mais delegados.

A importância das cédulas de votação

Antes do início da votação antecipada, as autoridades eleitorais enviam aos eleitores uma amostra da cédula de votação. Em nove estados, as cédulas válidas são enviadas a todos os eleitores registrados. Essas cédulas não apenas apresentam os candidatos a cargos executivos, mas também incluem opções para cargos legislativos, propostas de emendas constitucionais e medidas de política pública.

Por exemplo, na Flórida, os eleitores votarão em propostas controversas, como a legalização da maconha e uma emenda que visa revogar uma lei que limita o acesso ao aborto. Esta última gerou intensos debates, com campanhas a favor e contra sendo veiculadas em anúncios, culminando em uma batalha judicial sobre a liberdade de expressão na divulgação dessas informações.

Expectativas para o congresso

As eleições não se restringem apenas à presidência. As votações para a Câmara dos Deputados e o Senado também são cruciais. A maioria na Câmara pode complicar a administração de um presidente de partido oposto, enquanto o Senado tem a responsabilidade de aprovar indicações para a Suprema Corte e tribunais federais. Com a atual configuração de seis juízes conservadores e três liberais na Suprema Corte, uma maioria republicana no Senado pode consolidar ainda mais o poder conservador no sistema judicial.

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