Nubank observa potencial na Argentina após Milei assumir a presidência

CEO aponta oportunidades com a nova gestão e destaca cautela antes de expansão no país.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O CEO do Nubank, David Vélez, revelou que a empresa está observando com mais atenção o mercado argentino desde a posse de Javier Milei como presidente. Vélez destacou que “é impossível ignorar o que Milei está fazendo”, demonstrando otimismo com as mudanças propostas pelo novo líder argentino e reconhecendo que muitos na América Latina estão torcendo pelo sucesso de seu governo.

Apesar da empolgação, o executivo também mencionou que ainda é cedo para a empresa se comprometer com uma expansão no país, indicando que seria necessário acompanhar as transformações por pelo menos mais 12 ou 24 meses. “A velocidade com que a situação na Argentina está mudando impressionou a todos”, afirmou.

Com uma economia que ainda não desenvolveu um mercado de crédito robusto, Vélez apontou que o país possui um dos maiores PIBs da América Latina, além de contar com capital humano de altíssima qualidade. “É uma economia onde, em algum momento, um mercado de crédito deve emergir”, comentou, reforçando o interesse em acompanhar o desenvolvimento sob a liderança de Milei.

Expansão internacional e os desafios de mercado

O foco atual do Nubank tem sido a operação no México, onde apenas cerca de 12% da população utiliza cartões de crédito. Segundo Vélez, o México, ao ser comparado com o Brasil, parece estar “50 anos atrás” em termos de digitalização, o que abre grandes oportunidades para a fintech.

Sobre uma possível expansão para os Estados Unidos, Vélez afirmou que o país também oferece um potencial interessante, especialmente na comunidade hispânica, cujo PIB é comparável ao do Brasil. Entretanto, ele alertou para as complexidades regulatórias que podem dificultar essa entrada.

Ao abordar o desafio de penetrar o mercado de alta renda, dominado pelos bancos tradicionais, o CEO reconheceu que o Nubank ainda precisa vencer barreiras importantes. “Não temos filiais ou assessores pessoais como os grandes bancos, mas isso não significa que não podemos chegar lá”, disse Vélez, apontando que as operações de crédito consignado para funcionários públicos e pequenos negócios podem ser caminhos promissores para o crescimento da empresa.

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