
Ação coordenada envolve nove cidades e visa combater a exploração de migrantes.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (31), a Operação Everest, uma investida para desarticular um esquema de contrabando de migrantes com destino aos Estados Unidos. A operação contou com a participação de 104 agentes e resultou em 35 mandados de busca e sete de prisão preventiva em cidades como Porto Velho (RO), São Paulo (SP) e Boa Vista (RR).
A rede criminosa atraía migrantes de Bangladesh e Nepal, cobrando até 10 mil dólares para viagens em rotas arriscadas. A jornada começava no Aeroporto de Guarulhos (SP) e seguia por rotas clandestinas rumo a cidades de fronteira como Guajará-Mirim e Assis Brasil, pontos de acesso para Bolívia e Peru. De lá, os migrantes prosseguiam por caminhos perigosos pela América Central até a fronteira dos EUA.
Exploração e vulnerabilidade
Segundo Marina Bernardes, coordenadora-geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, muitos migrantes acabam enfrentando situações abusivas e dívidas crescentes durante o trajeto. Investigações revelaram que a rede contava com suporte de agentes de viagem, taxistas e hoteleiros, além de forjar documentos e manipular pedidos de refúgio para garantir a estadia temporária dos migrantes no Brasil.
Medidas em combate ao crime
Em resposta ao aumento das atividades de contrabando, foi lançado em julho deste ano o 1º Plano de Ação de Enfrentamento ao Contrabando de Migrantes e o 4º Plano de Ação de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Essas estratégias visam fortalecer as medidas de combate e assegurar a proteção dos direitos humanos.
A Operação Everest marca um importante passo para desmantelar redes de exploração que colocam vidas em risco e desafiam a segurança nacional.
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