
Aumento de 0,5 ponto percentual é o segundo seguido e reflete preocupações com o cenário econômico.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O novo aumento da taxa Selic para 11,25% ao ano, anunciado pelo Banco Central, visa controlar a inflação, mas também apresenta desafios e expõe limitações do governo no controle de preços. Embora a medida tenha o objetivo de conter o avanço da inflação, seus impactos negativos são visíveis em diferentes áreas da economia.
Com a Selic mais alta, o custo do crédito para consumidores e empresas aumenta, desestimulando o consumo e o investimento. Isso pode levar a uma desaceleração econômica, impactando o comércio, a indústria e a geração de empregos. Além disso, o encarecimento dos empréstimos e financiamentos torna o acesso ao crédito mais restrito para a população, afetando a demanda por bens e serviços.
Outro ponto de preocupação é o impacto sobre a dívida pública. A elevação da taxa Selic significa que o governo precisará pagar juros mais altos aos investidores que compram títulos públicos, o que aumenta os gastos com o serviço da dívida. Esse aumento nos custos limita os recursos disponíveis para investimentos em setores essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
A situação também expõe a falta de controle do governo sobre a inflação, que segue pressionada por fatores externos e internos. A alta de preços nos alimentos, combustíveis e serviços continua impactando o poder de compra da população, e o aumento da Selic, embora seja um remédio contra a inflação, acaba penalizando a economia como um todo.
Esse cenário reforça a necessidade de medidas complementares para controlar a inflação de forma sustentável, sem depender unicamente da alta de juros, que traz efeitos colaterais e limita o crescimento econômico no longo prazo.
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