Nos EUA, homem será executado utilizando gás de nitrogênio, um método polêmico

Carey Dale Grayson foi um dos quatro adolescentes condenados por homicídio brutal em 1994, agora ele será executado no Alabama por método polêmico.

 

Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Um homem condenado pelo assassinato brutal de uma caroneira em 1994 está prestes a se tornar o terceiro a ser executado por um método polêmico: a asfixia com gás nitrogênio. O estado do Alabama, pioneiro na adoção desse procedimento, introduziu o gás nitrogênio este ano, marcando a primeira inovação nas técnicas de execução nos Estados Unidos desde que a injeção letal foi estabelecida em 1982.

O processo consiste em colocar uma máscara no condenado, substituindo o ar normal por gás nitrogênio puro, levando à morte por sufocamento. No entanto, há sérias preocupações com a eficácia e a humanidade desse método, uma vez que os dois primeiros homens executados desta forma apresentaram convulsões prolongadas, levantando questões sobre a necessidade de uma avaliação mais rigorosa, especialmente se outros estados decidirem seguir o exemplo do Alabama.

O condenado, Carey Dale Grayson, de 50 anos, é um dos quatro jovens que foram responsabilizados pela morte de Vickie Deblieux, uma mulher de 37 anos que tentava chegar à casa de sua mãe na Louisiana. Grayson está agendado para ser executado na penitenciária William C. Holman, no sul do Alabama, na próxima quinta-feira, 28.

Vickie Deblieux foi encontrada morta em um local remoto, no fundo de um penhasco em Odenville, Alabama. Ela estava fazendo uma viagem de Chattanooga, Tennessee, para West Monroe, Louisiana, quando quatro adolescentes lhe ofereceram uma carona. Os promotores alegaram que os jovens a levaram para um local isolado, onde a agrediram antes de a empurrar do precipício e mutilar seu corpo após a morte. De tão desfigurada, a identificação da vítima só foi possível por meio de um raio-X de sua coluna vertebral.

Grayson, que tinha 19 anos na época do crime, é o único dos quatro réus que enfrenta a pena de morte, uma vez que os outros eram menores de idade. No início, duas sentenças de morte foram impostas, mas foram revertidas pela Suprema Corte dos EUA, que barrou execuções de infratores juvenis. Outro réu envolvido acabou cumprindo pena de prisão perpétua.

As últimas apelações de Grayson pediram uma análise mais cuidadosa do novo método de execução. A defesa argumenta que o condenado pode sofrer “asfixia consciente” e que as execuções anteriores não proporcionaram a morte rápida e indolor anunciada pelas autoridades. Os advogados solicitaram à Suprema Corte dos EUA que suspendesse a execução para permitir uma revisão aprofundada sobre a constitucionalidade do método utilizado.

Em contrapartida, representantes do procurador-geral do Alabama solicitaram que a execução ocorra, defendendo que as alegações de Grayson são especulativas. Eles asseguraram que o “protocolo de hipoxia por nitrogênio” foi aplicado com sucesso em duas ocasiões anteriores, resultando em mortes rápidas e eficazes em ambos os casos.

 

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