Trump critica ‘perdão total’ de Biden ao filho e chama decisão de ‘abuso judicial’

Presidente eleito menciona presos do Capitólio e destaca possível parcialidade no uso do sistema judicial americano.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente a decisão de Joe Biden de conceder perdão presidencial ao filho, Hunter Biden, que enfrentava condenações por porte ilegal de arma e sonegação de impostos. Para Trump, a atitude do atual presidente representa um “abuso do judiciário” e levanta dúvidas sobre a equidade no tratamento de questões legais envolvendo figuras públicas.

Em uma postagem em sua rede social, Truth, Trump questionou: “O perdão dado por Joe a Hunter inclui os reféns de J-6 (6 de janeiro), que agora estão presos há anos? Que abuso e erro judiciário!” A menção faz referência aos apoiadores de Trump presos em decorrência da invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021. O republicano já havia prometido, durante a campanha, analisar possíveis perdões para esses indivíduos, os quais ele descreveu como “reféns”.

Casos de Hunter Biden

Hunter Biden enfrentava acusações graves em dois processos federais. No início do ano, foi considerado culpado por três crimes relacionados à posse de uma arma de fogo enquanto estava sob dependência de drogas – uma prática proibida pela legislação americana. Além disso, em setembro, ele aceitou um acordo judicial, declarando-se culpado de nove acusações de sonegação de impostos, incluindo três crimes, evitando, assim, um julgamento mais longo e possivelmente mais severo.

A decisão de Joe Biden de conceder perdão total a Hunter ocorreu antes que qualquer sentença fosse imposta, poupando-o de enfrentar penas significativas. Essa ação gerou debates acalorados, especialmente entre republicanos, que acusam Biden de usar o poder presidencial de forma indevida para proteger interesses pessoais.

Trump e a possibilidade de perdão

Ainda durante a campanha eleitoral, Trump havia sinalizado que consideraria conceder perdão a Hunter Biden caso vencesse as eleições. Em entrevista ao radialista conservador Hugh Hewitt, Trump afirmou: “Não tiraria isso das opções”, apesar de chamar o filho do presidente de “bad boy”. Trump destacou, no entanto, que sua abordagem seria diferente, mencionando as ações judiciais tomadas contra ele próprio: “Diferente de Joe Biden, apesar do que fizeram comigo… eles foram atrás de mim tão cruelmente. Mas eu acho que é muito ruim para o nosso país.”

Impacto político e judicial

A decisão de Biden não apenas reacendeu críticas à administração democrata, mas também fortaleceu o discurso republicano sobre um possível uso político do sistema judicial. Trump e seus aliados defendem que as ações contra apoiadores republicanos e a celeridade no perdão de Hunter expõem uma dualidade no tratamento judicial nos Estados Unidos.

Com a posse de Trump se aproximando, o presidente eleito promete reformas para garantir maior imparcialidade no sistema e reforçar a confiança pública. Segundo ele, “essas atitudes enfraquecem o país e prejudicam a credibilidade de nossas instituições”.

Leia mais 

Descubra as cidades mais econômicas para viver nos EUA

Rebeca Andrade e Beatriz Souza disputam o título de Melhor do Ano no Prêmio Brasil Olímpico

EUA e Canadá em estado de vigilância após surto de salmonela em pepinos

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*