
Teorias sugerem origens autoimunes e abordagens além do cérebro.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
O Alzheimer, tradicionalmente associado ao acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, pode ser mais complexo do que se imaginava. Pesquisas recentes propõem que a doença tenha um componente autoimune. Segundo essa teoria, a beta-amiloide, parte essencial do sistema imunológico, ataca neurônios ao confundir células saudáveis com ameaças, desencadeando inflamações que destroem gradualmente as funções cerebrais. Isso reconfigura o entendimento da doença, indicando que o problema pode estar no sistema imunológico e não apenas no cérebro.
Esse avanço é significativo, especialmente após controvérsias sobre o foco exclusivo na beta-amiloide, que resultaram em medicamentos de eficácia limitada, como o aducanumabe. Além disso, o artigo base de 2006 que relacionava diretamente essa proteína ao Alzheimer foi questionado por possíveis inconsistências, destacando a necessidade de repensar a abordagem científica.
Outras linhas de investigação apontam causas como disfunções mitocondriais, infecções bacterianas (inclusive as que afetam a boca), e desequilíbrios de metais como ferro e cobre no organismo. Essas descobertas reforçam a ideia de que o Alzheimer não é apenas uma doença cerebral, mas um distúrbio multifacetado que pode envolver diversos sistemas do corpo.
O impacto da doença é alarmante: mais de 50 milhões de pessoas no mundo convivem com Alzheimer, e um novo caso é diagnosticado a cada três segundos. Para pacientes e suas famílias, o fardo é imenso, afetando não apenas a saúde, mas também a dinâmica social e econômica.
Com essas novas hipóteses, os cientistas buscam tratamentos que não apenas reduzam os danos cerebrais, mas também regulem a imunidade e tratem fatores externos ao cérebro. Isso marca um ponto de virada no combate ao Alzheimer, potencialmente revolucionando diagnósticos e terapias para milhões de pessoas no mundo todo.
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