Força-tarefa cumpre dezenas de mandados e bloqueia bens milionários de organização criminosa.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Na manhã desta segunda-feira (16), uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a segunda fase da Operação Carcará, no estado de São Paulo. A ação tem como objetivo desarticular uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes e transportadoras de valores.
Ao todo, estão sendo cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 48 de busca e apreensão em 17 cidades paulistas, com o apoio de 200 policiais militares, 163 policiais civis, 33 delegados e promotores, utilizando 102 viaturas e duas aeronaves.
Roubos violentos e confrontos com policiais
A investigação teve início após uma série de ataques violentos realizados pela quadrilha. Um dos crimes mais emblemáticos ocorreu no dia 9 de setembro, quando o grupo atacou um carro-forte na Rodovia Candido Portinari (SP-334), na altura de Campinas. Dezenas de criminosos, fortemente armados com fuzis e explosivos, bloquearam a rodovia e explodiram o veículo.
Apesar do ataque, o dinheiro foi queimado, impossibilitando o roubo. Durante a fuga, a quadrilha se envolveu em três confrontos com policiais, que resultaram em vários feridos, incluindo civis e militares.
Dois dias depois, em 11 de setembro, outro confronto ocorreu na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), em Altinópolis, durante o acompanhamento de um veículo utilizado pela quadrilha. No intenso tiroteio, cinco pessoas morreram, sendo três criminosos, um policial militar e um caminhoneiro.
Um dos suspeitos foi preso no dia 10 de setembro, após dar entrada na UPA de Valinhos com um ferimento por arma de fogo no pé. Ele já era réu em três processos judiciais, incluindo os ataques aos veículos de transporte de valores.
Bloqueios milionários e apreensões
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de bens milionários da organização criminosa, incluindo imóveis, veículos, ativos financeiros e objetos de valor. Segundo as investigações, a quadrilha é extremamente estruturada, operando em células especializadas para executar ataques e gerir os lucros ilícitos.
Homenagem a policial morto
O nome da operação, Carcará, foi escolhido em homenagem ao sargento Márcio Ribeiro, do 11º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), morto no confronto com a quadrilha no dia 11 de setembro de 2024. Conhecido pelo apelido entre os colegas, Márcio morreu enquanto enfrentava a organização criminosa.
Histórico da Operação Carcará
A primeira fase da operação ocorreu no dia 4 de outubro, com ações realizadas em Paraisópolis e Praia Grande. Durante a operação, um suspeito morreu ao reagir à prisão, e sua companheira foi presa por posse de documentos falsos.
Outro membro importante da quadrilha foi preso no dia 24 de outubro, em São Paulo. Ele estava foragido desde 2009, acusado da morte de dois policiais militares em Santo André. Durante a prisão, a polícia apreendeu fuzis, munições, mapas de Praia Grande e outros itens utilizados pela quadrilha.
Impacto da Operação
A Operação Carcará é uma resposta firme ao aumento dos ataques a carros-fortes em São Paulo. Com centenas de agentes envolvidos e uma estratégia integrada entre diversas forças de segurança, o objetivo é enfraquecer a estrutura da quadrilha e proteger o transporte de valores no estado.
A operação segue em andamento e novas fases são esperadas nas próximas semanas, com mais prisões e apreensões previstas.
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