Fenômeno incomum mata milhões de aves no Alasca e levanta alerta sobre impactos na saúde humana

Foto: Brie Drummond/USFWS
A morte de cerca de 4 milhões de aves marinhas devido a um evento climático extremo pode desencadear riscos ecológicos e sanitários significativos.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Um fenômeno inusitado e alarmante no Alasca causou a morte de aproximadamente 4 milhões de aves marinhas. Especialistas associam o evento às alterações climáticas que afetam o ecossistema local. Este desastre não apenas impacta a biodiversidade, mas também pode gerar consequências para a saúde humana, como a proliferação de patógenos e desequilíbrios na cadeia alimentar.

Nos últimos meses, cientistas registraram a morte em massa de aves marinhas ao longo da costa do Alasca, atribuída a um evento conhecido como “The Blob” — uma anomalia de calor marinho que eleva significativamente a temperatura das águas do Pacífico Norte. Essa condição provoca a escassez de peixes, principal fonte de alimento das aves, levando-as à inanição.

Estudos realizados por universidades americanas e instituições ambientais apontam que essas mortes massivas podem resultar em um aumento de vetores de doenças. “Quando um grande número de carcaças entra em decomposição, bactérias como a Salmonella e o Clostridium botulinum podem se proliferar e atingir áreas habitadas por seres humanos”, explica a Dra. Emily Sanders, especialista em ecologia marinha.

Além disso, a degradação dos ecossistemas marinhos pode impactar a pesca comercial e artesanal, reduzindo a disponibilidade de alimentos e comprometendo a segurança alimentar. “O desaparecimento dessas aves é um indicador de um desequilíbrio que pode afetar toda a cadeia alimentar, incluindo espécies consumidas por humanos”, alerta o oceanógrafo Mark Lewis.

Consequências para a saúde humana:

  1. Proliferação de doenças: O aumento de patógenos em carcaças pode levar a surtos em comunidades locais que entram em contato com águas contaminadas.
  2. Risco de zoonoses: A interação entre espécies pode facilitar a transmissão de vírus e bactérias potencialmente perigosos.
  3. Impactos psicossociais: A crise ambiental também afeta o bem-estar emocional das populações locais, preocupadas com sua subsistência e o futuro dos ecossistemas.

Autoridades de saúde e ambientais estão monitorando a situação de perto. Aumentar os esforços de pesquisa para compreender as causas e consequências desses fenômenos climáticos é crucial para prevenir novos desastres. Além disso, há um apelo urgente para a adoção de medidas de mitigação das mudanças climáticas em nível global.

A morte em massa de aves no Alasca é um alarme para a conexão intrínseca entre o meio ambiente e a saúde humana. Compreender e agir sobre as causas desse evento é essencial para proteger tanto os ecossistemas quanto as comunidades humanas que deles dependem.

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