
Aproximação com governo petista fortalece ações radicais e ameaça direitos de propriedade no Brasil.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), insatisfeito com a lentidão na reforma agrária, anunciou planos de intensificar as invasões de terras em 2025. Apesar de críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o movimento reforçou sua proximidade com o governo petista, cobrando maior comprometimento com a entrega de assentamentos e uma postura mais ativa na agenda agrária.
Em seu balanço anual divulgado na sexta-feira, 20, o MST deixou claro que, apesar das críticas públicas, continua alinhado com o governo. Essa relação estreita, porém, tem levantado preocupações sobre a influência do movimento nas decisões políticas e o incentivo a práticas que desafiam o direito à propriedade privada.
“A gente tem hoje uma perspectiva de assentamento entre 9 e 10 mil famílias para o final deste ano e início de 2025. Efetivamente, desde o ano passado, nenhuma família foi para a terra, como diz o presidente Lula”, afirmou o dirigente Ceres Hadich, em tom de cobrança.
Lula e MST: aliança que sustenta ações radicais
Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem demonstrado disposição em atender às demandas do MST, reforçando uma parceria histórica que remonta às suas campanhas presidenciais.
Recentemente, o presidente e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foram formalmente convidados a visitar um assentamento em 2025. O movimento espera que o evento sirva como palco para anunciar novos assentamentos até 2026, fortalecendo ainda mais os laços entre o governo e o grupo.
Essa proximidade, no entanto, tem gerado críticas. Ao se alinhar com o MST, Lula não apenas legitima ações como invasões de terras, mas também transmite um sinal preocupante de conivência com a radicalização do movimento. As recentes ocupações em estados como Rio Grande do Sul e Pará são exemplos de como essa relação pode alimentar instabilidade no campo.
A ameaça ao direito de propriedade
A postura do MST de intensificar as invasões em 2025 coloca em xeque o compromisso do governo com o respeito ao direito de propriedade, um princípio fundamental para a segurança jurídica e o desenvolvimento econômico do país. Críticos apontam que, ao permitir que um movimento como o MST dite parte da agenda agrária, o governo compromete não apenas sua imagem, mas também a confiança de investidores e proprietários rurais.
Enquanto o MST exige maior agilidade na entrega de terras, setores da sociedade se preocupam com a falta de transparência e critérios objetivos na distribuição de assentamentos. “Os números apresentados até agora causam preocupação e exigem uma reação severa nos próximos dois anos”, disse Hadich, deixando claro que a pressão sobre o governo deve aumentar.
O custo político da aliança
Embora o MST se posicione como aliado estratégico do governo, a radicalização do movimento e sua dependência de ações invasivas geram impactos negativos para a gestão petista. Ao se aproximar do MST, Lula corre o risco de alienar parte significativa da sociedade que defende o respeito às leis e à propriedade privada.
As invasões planejadas para 2025, longe de serem um reflexo de diálogo construtivo, revelam a incapacidade do governo de controlar um de seus aliados mais polêmicos. A relação entre Lula e o MST, marcada por promessas e concessões, levanta dúvidas sobre até que ponto o presidente está disposto a ceder para evitar confrontos diretos com o movimento. O Brasil, por sua vez, assiste a esse cenário com preocupação crescente.
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