Vírus da gripe aviária sofre mutações no primeiro caso humano grave nos EUA, afirma CDC

Autoridades reforçam o baixo risco à população, mas destacam importância de vigilância reforçada.

Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Os Estados Unidos registraram o primeiro caso humano grave de infecção por gripe aviária (H5N1), confirmaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 18 de dezembro de 2024. O paciente, hospitalizado na Louisiana, foi exposto ao vírus após contato com aves doentes e mortas. Este caso marca uma nova etapa no monitoramento da transmissão da gripe aviária entre aves e humanos.

De acordo com o CDC, o genoma do vírus pertence ao genótipo D1.1, uma variante identificada em aves selvagens e domésticas nos EUA e também em humanos no Canadá e no estado de Washington. Este genótipo é distinto de outras variantes detectadas em surtos recentes, o que levanta preocupações sobre a adaptabilidade do vírus.

O CDC reforçou que, apesar da gravidade deste caso, o risco para o público em geral permanece baixo. Desde abril de 2024, foram registrados 61 casos humanos de gripe aviária no país, com uma prevalência maior em regiões de produção avícola. Autoridades alertam, porém, para a necessidade de medidas rigorosas de biossegurança e vigilância, especialmente em setores que lidam com aves.

A situação reacende o debate sobre a prontidão global para responder a pandemias zoonóticas, enfatizando a importância de coordenação entre governos e órgãos de saúde.