Zambelli cobra TCU e PGR sobre gastos públicos com equipe de Janja

Foto: reprodução
Deputada denuncia “gabinete paralelo” e questiona uso de recursos públicos pela primeira-dama sem ocupação oficial.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) protocolou ofícios junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que investiguem o que considera um “gabinete paralelo” operado pela primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. A parlamentar acusa Janja de utilizar servidores públicos e recursos estatais para atender a demandas pessoais, mesmo sem exercer um cargo público oficial.

Segundo informações apresentadas por Zambelli, a estrutura montada para a primeira-dama inclui 12 servidores públicos, com um custo mensal de aproximadamente R$ 160 mil aos cofres públicos. A deputada classifica o cenário como um caso evidente de “patrimonialização do Estado”.

“Lamentavelmente, o que estamos vendo é uma patrimonialização do Estado. Janja usa verba pública a seu proveito sem nunca ter sido eleita e, muito menos, estar exercendo qualquer cargo público”, afirmou a deputada.

Gastos elevados e possíveis irregularidades

Além da remuneração da equipe, Zambelli destacou os custos associados às atividades de Janja, incluindo viagens e outras despesas. Segundo os cálculos apresentados, desde 2023, a primeira-dama já teria gasto cerca de R$ 1,2 milhão em deslocamentos, sendo que somente as viagens de seu fotógrafo pessoal somariam R$ 183 mil.

“Um exemplo do dispêndio absurdo de dinheiro público, com essa equipe informal, é com o do fotógrafo da primeira-dama, cujas viagens já teriam custado algo próximo de R$ 183 mil reais, além de outras possíveis violações aos princípios da administração pública”, argumentou a parlamentar.

Zambelli também aponta que os gastos elevados e a estrutura informal da equipe violariam princípios fundamentais da administração pública, como legalidade, moralidade e impessoalidade.

Investigação solicitada

A deputada solicitou que o TCU e a PGR convoquem os responsáveis pela Presidência da República para esclarecerem os fatos e apurem eventuais irregularidades. Para Zambelli, o caso levanta suspeitas de desvio de função e malversação de dinheiro público, uma vez que a primeira-dama, segundo ela, estaria beneficiando aliados e amigos sem considerar os impactos das despesas no erário.

“As autoridades judiciais precisam apurar inclusive, a incidência de crimes, como o desvio de função de agentes públicos”, destacou Zambelli, acrescentando que o contexto econômico do país torna as denúncias ainda mais graves.

A deputada também requisitou ser informada oficialmente sobre os desdobramentos das investigações e defendeu que a utilização de recursos públicos por figuras sem cargo oficial exige maior fiscalização.

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