
Após superar batalha judicial com Nova Jersey, medida inédita nos EUA prevê cobrança de US$ 9 para motoristas em horários de pico e arrecadação de US$ 15 bilhões para melhorias no transporte público.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A partir do último domingo (5), a cidade de Nova York começou a cobrar uma taxa de US$ 9 (cerca de R$ 55) da maioria dos motoristas que ingressarem na região sul da Rua 60 em Manhattan durante horários de pico. O programa, que busca reduzir o congestionamento, as emissões de carbono e gerar receita, promete arrecadar cerca de US$ 15 bilhões (R$ 92 bilhões) para melhorar o sistema de transporte público e o tráfego nos subúrbios da cidade.
A implementação do pedágio enfrentou desafios legais, incluindo uma tentativa de Nova Jersey de barrar a medida. Na última sexta-feira (3), o juiz federal Leo M. Gordon negou o pedido de emergência de Nova Jersey para suspender o programa, permitindo que ele entrasse em vigor conforme planejado. O advogado de Nova Jersey, Randy Mastro, declarou que recorrerá da decisão, alegando riscos ambientais para as comunidades próximas às travessias do rio Hudson, como o Condado de Bergen.
O programa, inspirado em iniciativas semelhantes de Londres, Estocolmo e Singapura, é o primeiro do tipo nos Estados Unidos. Apesar de aprovado em 2023, enfrentou atrasos devido a disputas legais e decisões políticas. Inicialmente, a taxa estava prevista em US$ 15 (R$ 92), mas foi reduzida para US$ 9 pela governadora de Nova York, Kathy Hochul, após as eleições de novembro.
Mesmo com a aprovação judicial, contestações continuam. O juiz Gordon solicitou às autoridades federais informações adicionais sobre os impactos ambientais do pedágio e possíveis medidas para mitigá-los, mas não considerou isso motivo suficiente para adiar a iniciativa.
Durante a audiência realizada em Newark, Nova Jersey, advogados da MTA (agência que supervisiona o transporte público de Nova York) e do governo federal argumentaram que o pedido de análise ambiental não exigia a suspensão do programa. A decisão foi tomada em meio a debates acalorados, com dezenas de repórteres e ativistas ambientais acompanhando o caso.
Com a nova cobrança em vigor, autoridades esperam que o programa traga melhorias significativas ao transporte público e contribua para a redução do tráfego em Manhattan. No entanto, desafios judiciais ainda podem levar a novas interrupções no futuro.
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