
Medicamento é o primeiro da classe de inibidores de ligação aprovado mundialmente e será avaliado pelo Ministério da Saúde para uso no SUS.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) publicou, no início de janeiro de 2025, uma nota técnica detalhando os critérios clínicos para o uso do fostensavir 600 mg. Este medicamento, destinado a adultos que convivem com HIV multirresistente a tratamentos antirretrovirais, representa um avanço significativo na resposta ao vírus.
Incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em abril de 2024, o fostensavir é pioneiro em sua classe, os inibidores de ligação, e age bloqueando a entrada do vírus HIV nas células humanas, prevenindo sua replicação. Essa abordagem inovadora promete ser uma nova esperança para pacientes que já enfrentaram falhas em outros tratamentos.
Avaliação centralizada e monitoramento rigoroso
A utilização do fostensavir será conduzida de forma centralizada pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Vigilância de HIV e Aids (CGHA). O coordenador-geral da CGHA, Artur Kalichman, esclareceu que cada solicitação será analisada individualmente, com suporte técnico de especialistas no manejo de casos de multirresistência viral. “Todas as pessoas que receberem o medicamento serão rigorosamente monitoradas para avaliar a eficácia e segurança do tratamento”, destacou Kalichman.
A prioridade será atender pacientes com maior risco de mortalidade, reforçando o compromisso do governo brasileiro com a qualidade de vida e com o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao enfrentamento do HIV e da aids.
Um novo marco no combate ao HIV
A introdução do fostensavir no SUS representa uma conquista no tratamento de infecções resistentes, ampliando as possibilidades para aqueles que convivem com a condição. A medida reforça o papel do Brasil como um dos países líderes na implementação de estratégias inovadoras no enfrentamento de epidemias e na promoção de saúde pública.
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