
Oposição liderada por Edmundo Gonzalez denuncia fraude e busca apoio internacional contra o regime chavista.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O regime de Nicolás Maduro segue em queda livre no cenário internacional. Em uma medida que reforça sua posição contra a ditadura venezuelana, o governo dos Estados Unidos aumentou para US$ 25 milhões (cerca de R$ 122 milhões) a recompensa por informações que levem à captura de Maduro e de Diosdado Cabello, um de seus principais aliados. Além disso, uma recompensa de US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 73 milhões) foi anunciada para Vladimir Padrino, ministro da Defesa e cúmplice das atrocidades do regime.
Um regime afundado em corrupção e tráfico de drogas
O aumento das recompensas não é surpresa. Maduro e seus aliados são acusados de operar um sistema criminoso que envolve tráfico de drogas e corrupção em larga escala. Autoridades americanas deixaram claro que as ações contra o ditador não irão cessar enquanto ele continuar “oprimindo, minando a democracia e promovendo graves violações dos direitos humanos”, como destacou David Lammy, secretário de Relações Exteriores do Reino Unido.
A oposição, liderada por Edmundo Gonzalez, vem reforçando o discurso de que a permanência de Maduro no poder é fruto de um processo eleitoral fraudulento. Gonzalez afirma que possui “cópias de cerca de 85% das atas do país”, as quais indicariam sua vitória. “Não aceitaremos menos do que o direito legítimo de governar e de devolver a dignidade ao povo venezuelano”, declarou.
Fraude descarada nas eleições
A eleição presidencial, que culminou no terceiro mandato de Maduro, está longe de ser reconhecida como legítima. De acordo com o Centro Carter, uma das mais respeitadas organizações em monitoramento eleitoral, o processo não atingiu “os padrões internacionais de integridade eleitoral”. A denúncia aponta uma série de irregularidades, como abuso de recursos públicos em favor da campanha de Maduro e restrições severas a seus adversários políticos.
“A eleição ocorreu em um ambiente de restrição de liberdades para atores políticos, organizações civis e a imprensa”, afirmou o Centro Carter em uma nota contundente. Além disso, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nunca apresentou as atas originais que validariam os resultados.
“O Conselho Eleitoral da Venezuela não divulgou as atas originais e deu a vitória a Maduro. Quem tem o controle do aparato estatal é Maduro. Então a gente não tem documentos suficientes para comprovar nem a vitória e nem que houve fraude. Ele simplesmente enterrou o processo, botou uma pedra em cima, foi declarado presidente, fim de papo”, afirmou Flávia Loss de Araújo, professora de Relações Internacionais da FESPSP.
A revolta da população e a repressão do regime
Com o aumento da repressão e a manipulação descarada do sistema eleitoral, o povo venezuelano enfrenta um “processo de esgotamento” e vive sob “terror político”, como explicou o professor Roberto Uebel. A promessa de eleições limpas foi mais uma mentira do ditador, levando a população a se sentir traída.
A expectativa agora é de novos protestos contra o regime, mas o risco de violência é alto. Edmundo Gonzalez convocou a população a resistir. “Maduro não representa o povo venezuelano. Ele representa a opressão e o caos. Vamos lutar até reconquistar nossa liberdade”, declarou em discurso.
Pressão internacional contra Maduro
Enquanto o povo sofre, a oposição venezuelana intensifica os esforços diplomáticos. Gonzalez tem levado as provas de fraude eleitoral a líderes internacionais e ganhado apoio. “A reivindicação de poder de Nicolás Maduro é fraudulenta. Não vamos ficar parados enquanto Maduro continua a oprimir”, reiterou David Lammy.
As sanções aplicadas pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido são apenas o início de uma série de medidas que buscam isolar ainda mais o regime chavista. Com o aumento da recompensa pela captura de Maduro, o objetivo é enfraquecer sua estrutura de poder e abrir caminho para uma transição democrática na Venezuela.
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