Governo recua e revoga norma sobre Pix após grande repercussão negativa: será medo das eleições de 2026?

Decisão de Haddad expõe desgaste do governo Lula após pressão da oposição.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O governo federal decidiu revogar a norma da Receita Federal que exigia o monitoramento de movimentações financeiras feitas por Pix, atendendo a críticas massivas da oposição e à pressão popular. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma coletiva de imprensa marcada pela tentativa de conter o estrago político já causado.

A medida original previa que transações mensais acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas fossem obrigatoriamente reportadas à Receita Federal. A justificativa oficial era combater grandes sonegadores, mas o temor de muitos era de que a nova regra fosse usada para apertar o cerco contra trabalhadores informais e a classe média.

Pressão ou estratégia para 2026?

A decisão de revogar a norma veio acompanhada de uma onda de críticas tão fortes que surpreenderam até mesmo os eleitores que votaram no Lula e os petistas. A repercussão negativa foi enorme, alcançando um patamar jamais visto. O principal estopim foi o vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que chamou a medida do governo Lula de uma tentativa descarada de vigiar cidadãos comuns e tornar suas condições de sobrevivência ainda mais difíceis. “O vilão do Brasil é quem ganha R$ 5.000 e não declara para poder sobreviver. Vocês querem mesmo que o brasileiro engula isso?”, declarou Nikolas. Até a tarde de hoje, o vídeo do deputado já somava 186 milhões de visualizações.

Vídeo de Nikolas Ferreira sobre fiscalização do Pix expõe governo Lula e atinge 186 milhões de visualizações

O timing da revogação levanta questionamentos. Seria uma simples resposta ao clamor popular ou uma tentativa do governo de evitar um desgaste ainda maior em um momento crítico de sua gestão? A oposição está questionando se essa movimentação não é, na verdade, um reflexo do medo do governo Lula diante das eleições de 2026, principalmente considerando o cenário de crescente polarização política no país.

Medida Provisória e acusações de fake news

Em um esforço para tentar virar o jogo, Haddad afirmou que o presidente Lula editará uma Medida Provisória garantindo a gratuidade do Pix e reforçando o sigilo bancário, além de prometer que a Polícia Federal investigará o que chamou de “fake news” sobre uma possível taxação. “A MP que Lula vai assinar reforça tanto os princípios da não oneração do Pix, quanto de todas as cláusulas de sigilo bancário do Pix. Que foram objeto de exploração dessas pessoas que estão cometendo crime”, disse Haddad.

No entanto, as declarações do ministro foram insuficientes para conter as críticas da oposição, que vê na revogação uma vitória política. Nikolas Ferreira, um dos principais nomes contrários à norma, foi enfático: “É hora de entender que, se a gente não parar o Lula, o Lula vai parar o Brasil.”

O desgaste já está feito

O assunto do momento nas redes sociais é a indignação geral, que vai além da oposição e atinge até mesmo os eleitores da esquerda. Apesar das tentativas de minimização do impacto, o governo não conseguiu evitar a repercussão negativa. O nome de Nikolas Ferreira tornou-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, enquanto os movimentos da Receita passaram a ser vistos como mais um capítulo de um governo que, segundo críticos, prioriza cercear o cidadão comum em vez de combater os reais problemas econômicos do país.

Seja por pressão popular ou estratégia política, a revogação é um indicativo claro de que a oposição, liderada por figuras como Nikolas, tem conseguido enfraquecer a narrativa governista. Para 2026, o episódio serve de alerta: a confiança do eleitorado está cada vez mais difícil de reconquistar.

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