Com chuvas intensas que atingiram diversas cidades, o estado enfrenta deslizamentos, contaminação da água e prejuízos graves; Balneário Camboriú e Florianópolis estão entre as mais afetadas.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Praia Central de Balneário Camboriú, um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil, amanheceu nesta sexta-feira (17) tomada por lama, sujeira e máquinas trabalhando para limpar a orla. A cidade recebeu, em 24 horas, quase todo o volume de chuva esperado para janeiro.
Imagens aéreas revelaram um contraste: enquanto máquinas removiam detritos como galhos e plásticos, alguns banhistas encontraram pequenos espaços na areia para aproveitar as aberturas de sol.
Mesmo assim, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) desaconselhou o banho de mar devido à possível contaminação causada pelos resíduos.
Estragos e números alarmantes
Na quinta-feira (16), Balneário Camboriú registrou:
•192 ocorrências relacionadas às chuvas, incluindo:
•69 alagamentos e inundações.
•Cinco deslizamentos e quedas de árvores.
•16 pessoas e três animais resgatados.
A Avenida Atlântica, famosa por contornar a Praia Central, foi uma das áreas mais afetadas, com alagamentos extensos. Equipes de limpeza finalizaram os trabalhos na praia às 13h45, mas outras áreas ainda exigem atenção.
Santa Catarina em estado de emergência
Além de Balneário Camboriú, outras nove cidades decretaram situação de emergência:
•Camboriú
•Governador Celso Ramos
•Tijucas
•Biguaçu
•Florianópolis
•Porto Belo
•São José
•Ilhota
•Palhoça
A capital, Florianópolis, iniciou o dia com vias interditadas e transporte público suspenso. O número de desabrigados e desalojados continua a crescer, e há dificuldades em obter dados completos devido à extensão dos danos.
Impactos humanos e ambientais
A Defesa Civil confirmou:
•Mais de 1 mil desabrigados (abrigos públicos).
•Mais de 1,3 mil desalojados (hospedados com amigos ou familiares).
Além disso, uma morte foi registrada em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis.
O risco de novos deslizamentos permanece alto em regiões como o Vale do Itajaí, a Grande Florianópolis e o Litoral Norte, já que o solo continua encharcado e a previsão de chuva se estende até a noite.
Ações emergenciais e desafios futuros
Autoridades de Santa Catarina trabalham para mitigar os impactos:
•Máquinas pesadas, como retroescavadeiras e tratores, atuam na limpeza e nivelamento das áreas mais afetadas.
•A Defesa Civil mantém alerta máximo em áreas de risco e continua monitorando novas ocorrências.
Segundo especialistas, a tragédia evidencia a necessidade de um planejamento urbano mais eficiente, que considere os impactos das mudanças climáticas e eventos extremos como este.
Conclusão
Os temporais que atingiram Santa Catarina deixaram marcas profundas, tanto no cenário urbano quanto na vida das famílias afetadas. Com mais de 2 mil pessoas fora de casa, deslizamentos e infraestruturas comprometidas, a recuperação será um processo longo e desafiador.
Enquanto o estado enfrenta as consequências da tragédia, fica claro que eventos climáticos como este demandam ações preventivas mais robustas para proteger a população e os recursos naturais.
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