PETER MCALEESE: O executor escolhido para eliminar Pablo Escobar

Ordenados pelo Cartel de Cali, grupo de mercenários britânicos foi contratado com uma missão: matar Pablo Escobar.

 

Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

No final da década de 1980, Pablo Escobar dominava o Cartel de Medellín, na Colômbia, consolidando-se como o maior produtor e distribuidor de cocaína do mundo, controlando cerca de 80% do comércio global da droga.

Apesar de seu imenso poder, Escobar acumulava inimigos, e em 1989, um grupo rival decidiu contratar mercenários britânicos com a missão de eliminá-lo.

O escocês Peter McAleese, ex-membro do SAS, um renomado grupo de elite do Exército britânico, liderava essa equipe. Os detalhes dessa operação secreta foram revelados por McAleese no documentário “Killing Escobar”, lançado em 2021.

Peter McAleese nasceu em Glasgow em 1942, e sua infância foi marcada por uma inquietude interna, em parte devido à influência de seu pai, um homem violento que cumpriu pena na prisão local. “Fui treinado para matar pelo Exército, mas a luta sempre fez parte de mim, desde Glasgow“, afirmou McAleese no documentário. Aos 17 anos, ele se alistou e ingressou no regimento de paraquedistas, rapidamente se tornando parte do 22º regimento do SAS, onde participou de intensas missões na selva de Bornéu. No entanto, deixou o Exército em 1969, o que ele considera uma das piores decisões de sua vida.

Após deixar as Forças Armadas, McAleese enfrentou dificuldades em se ajustar à vida civil e sua agressividade aumentou. Ele chegou a ser preso por agredir uma namorada. Buscando reviver o espírito de sua época no Exército, decidiu se tornar mercenário e se envolveu em conflitos como a Guerra Civil de Angola, onde conheceu Dave Tomkins, um habilidoso negociador de armas. Tomkins o convidou para a missão de matar Escobar, coordenada por Jorge Salcedo, membro do rival Cartel de Cali.

McAleese não hesitou em aceitar, sem conflitos morais, encarando a missão como um objetivo a ser cumprido. O plano era emboscar Escobar na Fazenda Nápoles. McAleese realizou um reconhecimento aéreo da área, e Tomkins recrutou um grupo de 12 mercenários de confiança, com o Cartel de Cali financiando a operação.

No entanto, o plano falhou. O documentário revela imagens dos bastidores, incluindo os mercenários exibindo maços de dinheiro.

O grupo inicialmente se hospedou em Cali, mas se mudou para uma fazenda rural para reduzir o risco de serem detectados. Os mercenários passaram por um intenso treinamento, com apenas Tomkins e McAleese conhecendo o verdadeiro objetivo da missão.

À medida que o dia da operação se aproximava, um membro desistiu e, posteriormente, vendeu sua história à imprensa. O plano final envolvia o uso de dois helicópteros para transportar os mercenários até a Fazenda Nápoles, onde deveriam enfrentar os seguranças e eliminar Escobar.

No dia da operação, no entanto, o helicóptero de McAleese e Tomkins caiu nos Andes. O piloto morreu, e McAleese ficou gravemente ferido, preso na montanha por três dias antes de ser resgatado. Durante esse tempo, os homens de Escobar estavam à procura deles. “Se Pablo tivesse me capturado, teria uma morte lenta e dolorosa“, refletiu McAleese.

Por fim, ele sobreviveu, fazendo uma promessa a Deus de mudar de vida caso escapasse. “Carrego muitos arrependimentos, mas nenhum deles se relaciona à minha vida como soldado“, afirmou. Escobar foi morto em 1993, enquanto tentava fugir das autoridades, e McAleese faleceu em março de 2024, aos 81 anos.

 

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