
Grupo criminoso usava documentos falsos e “idosos de aluguel” para obter pagamentos irregulares do INSS.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), a segunda fase da Operação Melhor Idade, que investiga um amplo esquema de fraudes em benefícios assistenciais destinados a idosos. A ação ocorre no Distrito Federal e em três estados: São Paulo, Goiás e Piauí.
Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, um de prisão e seis medidas cautelares contra integrantes da organização criminosa. A operação conta com o apoio do Núcleo de Inteligência Previdenciária, que auxilia na identificação de fraudes no sistema de benefícios do governo federal.
A investigação revelou que o grupo atuava de forma altamente organizada e estruturada, sendo responsável por falsificar documentos públicos, abrir contas bancárias e obter benefícios previdenciários de forma indevida. Além disso, realizavam empréstimos consignados fraudulentos utilizando os dados de pessoas conhecidas como “idosos de aluguel”.
Os criminosos falsificavam uma ampla gama de documentos, incluindo:
• Certidões de Nascimento
• Carteiras de Identidade (RG)
• Títulos Eleitorais
• CPFs
Com essas identidades falsas, criavam registros fictícios de idosos com mais de 65 anos, a idade mínima exigida para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS – Idoso), que concede um salário mínimo por mês a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Para dar aparência de legitimidade às fraudes, os chamados “idosos de aluguel” emprestavam suas impressões digitais e fotos para vincular às identidades falsas. Alguns chegaram a aparecer em mais de 30 registros fraudulentos diferentes.
Dimensão do golpe
Até o momento, as investigações identificaram:
• 21 “idosos de aluguel” envolvidos na fraude
• 285 CPFs e Títulos Eleitorais falsos emitidos
• 259 benefícios previdenciários irregulares concedidos
Os criminosos utilizavam esses documentos falsificados para abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do Governo Federal e garantir os benefícios indevidos.
Com isso, o grupo conseguiu desviar milhões de reais dos cofres públicos. O impacto financeiro total da fraude ainda está sendo calculado pelas autoridades.
A Polícia Federal continua aprofundando as investigações para identificar todos os envolvidos no esquema, incluindo possíveis servidores públicos que possam ter facilitado as fraudes.
A segunda fase da Operação Melhor Idade tem como objetivo desmantelar a estrutura da organização criminosa e evitar que novos golpes sejam aplicados no sistema previdenciário. Os envolvidos poderão responder por crimes como estelionato, falsificação de documentos públicos e associação criminosa.
A operação reforça o compromisso das autoridades em combater fraudes contra o INSS e garantir que os benefícios sociais sejam pagos somente a quem realmente tem direito.
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