
Medida amplia acesso ao tratamento e melhora adesão dos pacientes.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a inclusão do medicamento Sulfato de Gentamicina 40mg/mL (solução injetável 2mL) na lista de tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para brucelose humana. A principal vantagem dessa atualização é a redução do tempo de administração da medicação injetável, que passa de 14 para 7 dias, tornando o tratamento mais prático e acessível para os pacientes.
A decisão de incorporar a gentamicina ao protocolo terapêutico busca melhorar a eficácia do combate à Brucella spp., bactéria responsável pela doença, que pode causar complicações severas se não tratada adequadamente. Atualmente, cerca de 3.500 pessoas são diagnosticadas e tratadas anualmente no SUS, com um investimento estimado de R$ 250 mil por ano pelo governo.
O que é a brucelose humana e quais são os sintomas?
A brucelose humana é uma zoonose infecciosa transmitida pelo contato com animais contaminados, incluindo gado, suínos, caprinos e até animais aquáticos. O risco de contaminação é maior entre profissionais da agropecuária, frigoríficos e indústrias de laticínios, tornando-se uma doença de grande impacto ocupacional e econômico.
Os sintomas da brucelose podem ser confundidos com os de outras infecções, dificultando o diagnóstico. Entre as manifestações mais comuns estão:
- Febre recorrente
- Sudorese noturna e calafrios
- Cansaço e fraqueza intensa
- Dores musculares, articulares e abdominais
- Perda de peso inexplicável
Se não tratada, a doença pode evoluir para quadros graves, como artrite crônica, endocardite e problemas neurológicos, aumentando a incapacidade laboral e reduzindo a qualidade de vida dos pacientes.
Nova abordagem terapêutica e impacto na saúde pública
A combinação de gentamicina com doxiciclina representa um avanço no tratamento da brucelose, garantindo melhor resposta clínica e menor tempo de internação ou supervisão médica. Com a redução da duração do tratamento injetável, espera-se maior adesão dos pacientes, minimizando o risco de complicações e de abandono da terapia.
A brucelose ainda é subnotificada e negligenciada, apesar de ser uma das zoonoses mais comuns em algumas regiões do mundo, especialmente na América do Sul. A inclusão de um novo medicamento no SUS reforça o compromisso do Ministério da Saúde em ampliar o acesso a tratamentos mais eficazes e melhorar a qualidade da assistência médica no Brasil.
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