
Suspeito mantinha relacionamento com ex-namorado da adolescente, aponta investigação.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O assassinato brutal da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo, tem gerado grande comoção em todo o país. A jovem, que desapareceu em 26 de fevereiro de 2025, foi encontrada morta em 5 de março em uma área de mata, com sinais claros de tortura, cabelo raspado e sem roupas. O crime tem mobilizado a polícia e gerado indignação, principalmente por conta da possível motivação de ciúmes e vingança.
Últimos momentos de Vitória: o desaparecimento
Na noite de 26 de fevereiro, Vitória saiu do trabalho, onde atuava como operadora de caixa em um restaurante no bairro Polvilho. Por volta das 23h, ela se dirigiu a um ponto de ônibus para voltar para casa. No local, encontrou uma amiga, que percebeu que a jovem estava nervosa e agindo de maneira estranha.
Durante o trajeto, Vitória enviou diversas mensagens e áudios para uma amiga, relatando seu medo. Em um dos áudios, ela descreveu como dois homens a assediaram enquanto aguardava o ônibus:
“Passou os cara no carro e eles falaram: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar.”
Ela também mencionou que havia dois jovens perto de ela no ponto de ônibus, um dos quais embarcou no mesmo transporte, mas ela tentou se tranquilizar, afirmando:
“Ah, amiga, mas tá de boa. Eles tavam no ônibus, só que nenhum deles desceu no mesmo ponto que eu. Então tá de ‘boaça’. Não tem problema nenhum.”
Normalmente, Vitória voltava para casa com seu pai, mas naquela noite o carro dele estava quebrado. Com medo da situação, ela tentou pedir uma carona ao ex-namorado, Gustavo Vinícius Santos, mas não obteve resposta.
Rumo à casa: a última rota
Vitória desceu no ponto final de ônibus e seguiu por uma estrada de barro e sem iluminação até sua casa, localizada na região de Ponunduva. Testemunhas afirmam que dois homens a seguiam em um Toyota Yaris, e o carro de Gustavo também foi visto nas proximidades.
Esse foi o último contato que a jovem teve com alguém. Não se sabe ao certo o que aconteceu depois, mas, segundo as autoridades, Vitória foi assassinada em um local isolado, com sinais de tortura.
O corpo encontrado: sinais de tortura e possível ritual de humilhação
O corpo de Vitória foi encontrado em 5 de março em uma área de mata em Cajamar, após oito dias de desaparecimento. A perícia revelou que a jovem estava sem roupas, com o cabelo raspado, e apresentava sinais evidentes de tortura, o que indica que ela tenha sido submetida a um ritual de humilhação antes de sua morte. A principal hipótese da polícia é de que o crime tenha sido motivado por ciúmes e vingança, já que Daniel, um dos suspeitos, teria um relacionamento com o ex-namorado de Vitória, Gustavo.
Investigações: suspeitos identificados e linha de raciocínio
A Polícia Civil investiga o caso sob a linha de um crime passional. Daniel e Gustavo Vinícius Santos são os principais suspeitos do crime, com Gustavo sendo pessoa de interesse no caso devido a divergências em seu depoimento. Daniel teria confessado o homicídio a um amigo, que o ajudou a transportar o corpo até o local onde foi encontrado. Além disso, um terceiro suspeito também estaria envolvido.
A polícia já ouviu 14 pessoas e segue coletando provas para entender a dinâmica do crime e capturar os envolvidos. O caso tem gerado indignação nas redes sociais, com muitas pessoas cobrando justiça e questionando a segurança pública, especialmente no que diz respeito à violência contra mulheres.
O caso ganha destaque nacional
O caso de Vitória Regina de Sousa continua em investigação, e, até o momento, nenhum dos suspeitos foi preso. O crime, marcado pela crueldade, trouxe à tona discussões sobre o acirramento da violência contra mulheres no Brasil, especialmente em crimes passionais e casos de vingança. A comoção é enorme, e o caso segue sendo um dos mais discutidos nas redes sociais e meios de comunicação.
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