
Quadrilha cobrava até R$ 100 mil por viagem clandestina e ameaçava vítimas.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (7), a Operação Muralha II, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso de promoção de migração ilegal e associação criminosa. O grupo facilitava a entrada clandestina de brasileiros em outros países, principalmente nos Estados Unidos.
Mandados cumpridos e busca por novas provas
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dos envolvidos, no município de Iapu (MG). A operação busca coletar novos elementos de prova que reforcem os indícios já levantados pela investigação.
Esquema cobrava até R$ 100 mil por viagem ilegal
Segundo a PF, a quadrilha cobrava entre R$ 20 mil e R$ 100 mil para facilitar a travessia ilegal dos brasileiros. Os pagamentos eram realizados de diversas formas, incluindo a transferência de carros e propriedades para terceiros.
Além disso, as investigações apontam que o grupo contava com o apoio logístico de indivíduos fora do Brasil, o que indica uma rede criminosa internacional.
Ameaças e coerção contra imigrantes
Outro ponto preocupante revelado pela PF é que as vítimas do esquema eram ameaçadas. Mesmo quando a viagem não se concretizava, os brasileiros ainda eram forçados a pagar os valores combinados, sob risco de represálias.
A investigação estima que mais de 100 pessoas foram enviadas ilegalmente ao exterior pelo esquema.
Deportações e prisões
Nos últimos meses, o governo dos Estados Unidos intensificou a deportação de brasileiros vivendo ilegalmente no país. Três voos com deportados já pousaram no Brasil:
• Janeiro: 88 brasileiros deportados desembarcaram em Belo Horizonte.
. Outros dois voos pousaram em Fortaleza, trazendo 111 e 101 deportados.
• Entre os deportados, dois brasileiros tinham mandados de prisão em aberto e foram detidos pela PF ao chegarem ao Brasil.
Penas podem ultrapassar 8 anos de prisão
Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal e associação criminosa, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 8 anos de reclusão.
A Operação Muralha II segue em andamento, e a PF continua investigando a atuação da quadrilha para identificar mais envolvidos.
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