Bolsonaro denuncia perseguição: “Sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer”

Ex-presidente alerta que processo corre em velocidade recorde para impedir sua candidatura em 2026

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Após o julgamento no STF que o tornou réu por uma suposta tentativa de golpe, Jair Bolsonaro usou suas redes sociais para denunciar o que considera uma perseguição política escancarada. O ex-presidente apontou que seu processo avança com uma rapidez sem precedentes e que há uma tentativa clara de retirá-lo das eleições de 2026.

“Estão com pressa. Muita pressa. O processo contra mim avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do Mensalão e pelo menos 10 vezes mais rápida que o de Lula na Lava Jato.”

Bolsonaro destacou que a motivação do julgamento não é jurídica, mas sim política, conforme já admitido pela própria imprensa.

“E o motivo? Nem tentam mais esconder. A própria imprensa noticia, abertamente e sem rodeios, que a motivação não é jurídica, mas política: o tribunal tenta evitar que eu seja julgado em 2026, pois querem impedir que eu chegue livre às eleições porque sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer.”

O ex-presidente criticou a condução do processo, que, segundo ele, já tem um desfecho premeditado para impedir sua candidatura e influenciar o cenário eleitoral.

“A julgar pelo que lemos na imprensa, estamos diante de um julgamento com data, alvo e resultado definidos de antemão. Algo que seria um teatro processual disfarçado de Justiça – não um processo penal, mas um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país.”

Bolsonaro chamou atenção para a rapidez incomum do processo e para o que classificou como um “atentado jurídico à democracia”.

“Todos dizem que o processo se encerrará até o final de 2025, mesmo não havendo precedentes para tamanha celeridade em um caso dessa dimensão. E por quê? Porque todos sabem que o que está em curso é, na verdade, uma espécie de atentado jurídico à democracia: um julgamento político, conduzido de forma parcial, enviesada e abertamente injusta por um relator completamente comprometido e suspeito, cujo objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas. Porque todos sabem que, com meu nome na disputa, minha vitória e a conquista da maioria no Senado são resultados inescapáveis. Simples assim.”

O ex-presidente também afirmou que essa perseguição demonstra o medo que seus adversários têm das urnas e da escolha popular.

“A ironia é que, quanto mais atropelam regras, prazos e garantias para tentar me eliminar, mais escancarado fica o medo que eles têm das urnas e da vontade do povo. Se realmente acreditassem na democracia que dizem defender, me enfrentariam no voto, não no tapetão.”

Bolsonaro alertou ainda que a comunidade internacional já percebe o que está acontecendo no Brasil e fez um paralelo com regimes autoritários da América Latina.

“Mas não pensem que o mundo não está atento. A comunidade internacional acompanha de perto o que está acontecendo no Brasil. Juristas, diplomatas e lideranças políticas já reconhecem o padrão: é o mesmo roteiro que se viu na Nicarágua e na Venezuela. Perseguição seletiva, acusações vagas de ‘extremismo’ ou de ‘ameaça à democracia’ e a tentativa de eliminar a oposição por via judicial.”

A publicação de Bolsonaro teve grande repercussão, reacendendo o debate sobre a isenção do STF e a interferência política nas eleições de 2026.

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