Vídeo do deputado Nikolas Ferreira viraliza ao exigir anistia e escancarar injustiças do 8 de janeiro

Deputado questiona seletividade do STF e defende anistia para manifestantes do 8 de janeiro.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira na última quinta-feira (3) já ultrapassa 46,7 milhões de visualizações, com 2,7 milhões de curtidas, 230 mil e mais de 1 milhão de compartilhamentos. O conteúdo, que trata da defesa da anistia para os presos do 8 de janeiro, tornou-se um dos vídeos mais engajados do parlamentar nas redes sociais.

No vídeo, Nikolas inicia com uma analogia entre a luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e o atual cenário político brasileiro. Ele relembra o caso de Rosa Parks, que se recusou a ceder seu lugar em um ônibus para uma pessoa branca em 1955, e aponta que, no Brasil, a injustiça hoje atinge pessoas comuns, como a cabeleireira Débora.

Débora foi condenada a 14 anos de prisão por escrever “Perdeu, mané” com batom em uma estátua. Nikolas questiona:
“Se ela tivesse escrito ‘Fora Bolsonaro’ em vez de ‘Perdeu, mané’, Moraes e Dino teriam condenado ela da mesma forma?”

O parlamentar menciona diversos casos de pessoas presas sem provas de participação em vandalismo ou atos violentos, como Eliene Amorim, Giovana, Flávio Beltrão e um vendedor de bandeiras que chegou a Brasília após os acontecimentos. Nikolas destaca a desproporcionalidade das condenações e critica o que chama de seletividade do Judiciário.

“Quem gera mais risco à democracia? Uma cabeleireira com um batom ou 15 traficantes soltos pelo STF?”, pergunta o deputado.

O vídeo também confronta decisões do passado envolvendo movimentos de esquerda. Nikolas relembra episódios de depredações lideradas pelo MST e protestos contra o governo Temer que terminaram com prédios incendiados – nenhum com condenações como as de agora.

“Percebe? Não há justiça, muito menos senso de proporção nas condenações. É mera e pura vontade de acabar com a vida de pessoas.”

Nikolas reitera que não passa pano para os atos do dia 8 de janeiro, que classificou como lamentáveis, mas argumenta que a justiça deve ser equilibrada:
“O Brasil já anistiou torturadores e corruptos. Negar perdão a manifestante é escolher punir só quem tem menos poder.”

Ele finaliza dizendo que anistiar não é absolver, mas reconhecer que a democracia também falha quando é parcial:
“Ou coloca todos os envolvidos da esquerda que já fizeram o mesmo na cadeia, ou solta os da direita para ficarem igual aos da esquerda. O que não dá é punir uma torcida e deixar a outra impune. Por quê? Porque o juiz é do time deles.”

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