
Caso aconteceu dentro de um vagão da Linha 7-Rubi na noite de quarta-feira (9). Agressora de 22 anos foi presa em flagrante após reagir a insultos transfóbicos com um canivete.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
São Paulo (Brasil) — Um episódio de violência dentro de um trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Linha 7-Rubi, terminou com três pessoas feridas a golpes de canivete na noite da última quarta-feira, 9 de abril. O caso ocorreu por volta das 18h40, quando o trem circulava nas proximidades da estação Vila Clarice, localizada no bairro de Pirituba, zona noroeste da capital paulista.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, a situação teve início após um homem ter dirigido ofensas homofóbicas e transfóbicas a uma passageira de 22 anos, que estava acompanhada de sua companheira. A discussão verbal rapidamente evoluiu para um confronto físico. Em determinado momento, a jovem teria sacado um canivete e desferido golpes contra o agressor, ferindo-o.
Além do homem que teria iniciado a discussão, outras duas pessoas também foram atingidas pelos golpes: a companheira da agressora e uma outra passageira que se encontrava nas proximidades e acabou sendo ferida durante o tumulto. As circunstâncias exatas de como essas duas pessoas foram atingidas ainda estão sendo apuradas.
As três vítimas foram socorridas por equipes de emergência e encaminhadas ao Pronto-Socorro de Taipas, unidade hospitalar próxima ao local do incidente. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, e o estado de saúde das vítimas não foi informado até o momento da publicação desta matéria.
A jovem de 22 anos foi detida em flagrante pela equipe de segurança da CPTM, que interveio imediatamente após o início da confusão. Ela foi conduzida à delegacia da área, onde foi autuada por tentativa de homicídio e lesão corporal. Durante o registro do caso, os agentes informaram que o canivete utilizado no ataque não foi encontrado no local.
Em nota oficial, a CPTM lamentou profundamente o episódio, ressaltando que “repudia qualquer forma de discriminação” e que está colaborando integralmente com as investigações. A companhia também confirmou que está fornecendo às autoridades acesso às imagens captadas pelas câmeras de segurança do trem e da estação, com o objetivo de auxiliar na apuração dos fatos.
A investigação segue a cargo da Polícia Civil de São Paulo, que trabalha para esclarecer a motivação do crime, a cronologia dos acontecimentos e o enquadramento legal de todos os envolvidos. Caso seja comprovado que a agressão com o canivete foi uma reação direta a ofensas discriminatórias, a defesa da jovem poderá argumentar legítima defesa ou violenta emoção. No entanto, fatores como o uso de arma branca em local público e o fato de mais de uma pessoa ter sido ferida podem agravar sua situação jurídica, mesmo diante da provocação inicial.
A Polícia informou que continuará investigando o paradeiro da arma usada no ataque, bem como o histórico dos envolvidos. Até o momento, não houve pronunciamento da defesa da jovem detida.
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