Acidente na unidade PNA-1 reforça denúncias sobre precarização das condições de trabalho e falta de investimentos em manutenção.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Uma explosão ocorrida na plataforma PNA-1, situada na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira, deixou um trabalhador ferido e provocou mobilização de equipes de resgate. A ocorrência lança nova luz sobre as críticas feitas ao setor de petróleo quanto à falta de segurança e negligência estrutural.
Segundo informações, a vítima — um trabalhador que caiu no mar após a explosão — foi resgatada pela embarcação Locar XXII, apresentando queimaduras pelo corpo, mas consciente no momento do salvamento. Ele recebeu atendimento imediato na própria plataforma e segue em observação.
O incidente teve como origem um vazamento de gás, rapidamente contido pela equipe técnica da unidade. Contudo, as comunicações da plataforma foram prejudicadas, e embarcações de apoio emergencial foram acionadas para garantir a segurança dos demais profissionais embarcados. As autoridades informaram que a situação foi estabilizada.
Em nota, o Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) manifestou preocupação:
“Há anos denunciamos a falta de investimentos, a redução das equipes técnicas e o descaso com a manutenção dessas estruturas. Esse acidente é mais um reflexo da política de precarização da indústria offshore brasileira”, declarou a entidade.
A PNA-1 se junta a uma lista de plataformas envolvidas em ocorrências que colocam em risco a vida de centenas de trabalhadores, que atuam diariamente em condições extremas, muitas vezes sem os recursos necessários para prevenção de acidentes.
Especialistas em segurança do trabalho reforçam que o envelhecimento das plataformas, somado à terceirização e à pressão por produtividade, tem contribuído para o aumento dos riscos em alto-mar. Para eles, o setor exige urgente revisão dos protocolos e reforço nos investimentos em tecnologia e treinamento.
As causas da explosão serão investigadas por uma comissão que deve incluir representantes da empresa operadora, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Enquanto isso, o episódio na Bacia de Campos reacende o debate sobre a responsabilidade das empresas e do Estado na proteção de quem move uma das principais engrenagens da economia brasileira.
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