Ação da polícia federal desarticula atividade clandestina em rios de cidades históricas e reforça enfrentamento a crimes ambientais e extração mineral sem autorização.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A polícia federal deflagrou nesta sexta-feira (25) uma operação de combate à extração ilegal de ouro em Minas Gerais, atingindo diretamente áreas dos municípios de Tiradentes e São João del Rei, conhecidos pelo patrimônio histórico e ambiental. A ofensiva faz parte de uma estratégia para reprimir atividades de garimpo clandestino, que além de configurar crime contra a União, causam severos danos aos recursos naturais da região.
Durante a operação, batizada de Rios Salvos, equipes federais e de órgãos ambientais apreenderam e inutilizaram oito balsas, dragas e motores utilizados na retirada irregular de ouro no leito dos rios. Segundo as autoridades, os equipamentos funcionavam sem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) e também sem licenciamento ambiental.
No decorrer das diligências, 30 pessoas foram abordadas, sendo sete presas em flagrante. Também foram recolhidas duas armas de fogo, que estavam em posse de indivíduos ligados à atividade ilegal. De acordo com a polícia federal, os garimpeiros atuavam de forma clandestina, ignorando as legislações ambientais e as regras de mineração, o que resultava em impactos sérios como erosão das margens, assoreamento, prejuízo à fauna aquática e contaminação da água.
A ação contou com o apoio da polícia militar ambiental, batalhão de operações especiais (bope), IBAMA, ANM e unidades aéreas da corporação. Até o momento, 16 áreas de extração foram vistoriadas, com a confirmação de atividade ilegal em sete pontos.
Os envolvidos responderão por crimes de usurpação de bem mineral da União e danos ambientais, cujas penas podem chegar a seis anos de reclusão, além de multas e outras sanções previstas em lei.
A operação integra uma série de investidas promovidas pela Polícia Federal em Minas Gerais e outros estados brasileiros, com o objetivo de combater a mineração irregular e suas consequências socioambientais. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e responsáveis pelos esquemas de extração clandestina na região.
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