
Imunizante é seguro, eficaz e deve ser aplicado todos os anos; desinformação compromete adesão da população à campanha de vacinação de 2025.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Com a campanha de vacinação contra a gripe em pleno andamento no Brasil, o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina trivalente distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), decidiu esclarecer uma série de informações falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Ao todo, a instituição desmentiu dez fake news sobre o imunizante.
O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 80 milhões de doses da vacina produzida pelo Butantan para atender os grupos prioritários em 2025. A campanha teve início em 28 de março no estado de São Paulo e foi expandida para as demais regiões em abril. Na região Norte, onde a gripe costuma circular mais intensamente no segundo semestre, a imunização será realizada durante o “inverno amazônico”, com a distribuição de 6 milhões de doses.
A vacina utilizada no Brasil é a Influenza trivalente do Instituto Butantan, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela contém três cepas do vírus influenza que têm maior probabilidade de circular no país em 2025: A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria (linhagem Victoria).
Apesar da ampla distribuição e segurança comprovada do imunizante, o Butantan alerta que a desinformação compromete a adesão da população à vacina e pode gerar riscos à saúde pública. Para ajudar a combater essa onda de boatos, a médica Carolina Barbieri, gestora de Desenvolvimento Clínico do instituto, respondeu às principais dúvidas da população. Confira a seguir:
As 10 fake news mais comuns sobre a vacina da gripe — e por que são falsas
-
“A vacina não protege contra o vírus H1N1.”
Falso. A cepa H1N1 está incluída na formulação de 2025. Estudos indicam eficácia superior a 80% na prevenção de hospitalizações e mortes, especialmente entre crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas. -
“A vacina pode causar gripe.”
Falso. A vacina é feita com fragmentos de vírus inativados — ou seja, mortos — e não tem capacidade de provocar a doença. Sintomas leves após a aplicação são normais e se devem à resposta imunológica do corpo, não à gripe. -
“A vacina tem Covid-19 na fórmula.”
Falso. O imunizante contém apenas cepas do vírus influenza. Não há nenhuma vacina aprovada no mundo que combine gripe e Covid-19. -
“A vacina causa câncer ou trombose.”
Falso. Não há qualquer evidência científica que comprove relação entre o imunizante e essas doenças. Pelo contrário: pessoas com câncer, por exemplo, se beneficiam da vacina, pois ela ajuda a prevenir complicações respiratórias. -
“Gestantes podem abortar após tomar a vacina.”
Falso. A vacina é segura e indicada para gestantes. A imunização durante a gravidez protege não só a mãe, mas também o bebê, já que os anticorpos são transmitidos ao feto. -
“Tomei a vacina no ano passado, não preciso repetir.”
Falso. A proteção diminui ao longo dos meses e, além disso, os vírus da gripe sofrem mutações constantes. Por isso, a vacina é atualizada todos os anos e deve ser reaplicada anualmente. -
“Já tenho mais de 60 anos, tomei muitas vacinas na vida, não preciso mais.”
Falso. Pessoas idosas fazem parte do grupo mais vulnerável a complicações pela gripe. A vacinação anual continua sendo essencial para esse público, mesmo que a resposta imunológica seja um pouco menor. -
“Vacinas fazem mal às crianças.”
Falso. A vacinação infantil é recomendada pelo Ministério da Saúde e pela OMS. Crianças, especialmente menores de dois anos, têm risco elevado de complicações graves, como pneumonia e insuficiência respiratória, caso contraiam a gripe. -
“Não preciso me vacinar, pois como alho e tomo própolis.”
Falso. Embora hábitos saudáveis ajudem a fortalecer o sistema imunológico, eles não substituem a proteção proporcionada pela vacina. -
“Pratico exercícios físicos regularmente, então estou protegido.”
Falso. A atividade física contribui para uma vida saudável, mas não é suficiente para evitar a infecção pelo vírus influenza. A vacinação continua sendo necessária para todos os grupos indicados.
Imunização é uma responsabilidade coletiva
O Instituto Butantan reforça que a vacinação anual é uma das formas mais eficazes de proteger a população contra os efeitos graves da gripe. Além disso, o imunizante tem um perfil de segurança comprovado, com raros efeitos colaterais, geralmente leves e passageiros.
A campanha de 2025 busca alcançar os grupos prioritários e garantir cobertura adequada antes da chegada do inverno, quando há maior circulação do vírus. A colaboração de todos — inclusive no combate à desinformação — é essencial para o sucesso da campanha.
- Leia mais:
https://gnewsusa.com/2025/05/brasil-amplia-vacinacao-contra-hepatite-a-para-usuarios-de-prep-no-sus/
https://gnewsusa.com/2025/05/eua-homem-atira-apos-descobrir-jovem-nu-no-quarto-da-filha-de-13-anos/
Faça um comentário