
EUA condenam detenção de opositor venezuelano e denunciam repressão política no país.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Poucos dias antes da votação que definirá o futuro político da Venezuela, o governo de Nicolás Maduro reprime mais uma vez a oposição com a prisão de Juan Pablo Guanipa, líder reconhecido entre os críticos do regime. A ação, realizada na última sexta-feira, chocou a comunidade internacional, que vê a medida como uma manobra clara para enfraquecer adversários políticos.
Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, não hesitou em se posicionar contra o episódio. Por meio de um comunicado oficial, ele classificou a detenção como “injustificada e arbitrária”, denunciando a escalada da repressão no país sul-americano.
“O secretário Rubio expressou sua preocupação depois da prisão injustificada e arbitrária do líder da oposição Juan Pablo Guanipa e de mais de 70 indivíduos em meio a uma nova onda de repressão do regime de Maduro”, diz o documento divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano.
A prisão de Guanipa aconteceu justamente dois dias antes das eleições gerais, marcando mais um capítulo sombrio da longa crise democrática na Venezuela. O governo chavista, por sua vez, anunciou a medida através do ministro do Interior, Diosdado Cabello, que comunicou o fato durante transmissão pela emissora estatal VTV. Essa ação integra uma estratégia que busca intimidar os opositores e controlar o processo eleitoral, minando qualquer possibilidade de concorrência justa.
Vale lembrar que Guanipa é aliado de María Corina Machado, outra voz ativa da oposição que já sofreu perseguições e censuras por parte do regime. A coalizão opositora apoiou nas últimas eleições presidenciais Edmundo González, cujo suposto triunfo foi contestado por Maduro, que se recusa a apresentar documentos eleitorais que confirmem os resultados. Esse cenário confirma o ambiente de manipulação e fraude que domina a política venezuelana sob Maduro.
Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, as relações diplomáticas entre Washington e Caracas permanecem cortadas, justamente pela postura antidemocrática e violadora de direitos do governo venezuelano. A prisão de líderes da oposição como Guanipa reafirma a necessidade de pressão internacional para frear o autoritarismo e promover a liberdade política na Venezuela.
Não resta dúvida: as prisões recentes, aliadas ao controle totalitário do regime sobre as instituições, deixam claro que as eleições são apenas um palco para consolidar o poder de Maduro, e não um processo legítimo de escolha popular.
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