PGR investiga Eduardo Bolsonaro por denunciar abusos do STF nos EUA; deputado reage: “Isso não irá me parar “

Deputado federal diz que sistema judicial age como “gângsteres” e que Lula colocará o Brasil em rota de colisão com os EUA se seguir defendendo Moraes.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A ofensiva da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi recebida com indignação pelo deputado licenciado. Após a solicitação da PGR para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra um inquérito com base em suas articulações nos Estados Unidos, Eduardo denunciou o que considera um uso político e abusivo da Justiça brasileira.

Em declarações públicas, ele foi enfático ao afirmar que as instituições vêm sendo utilizadas para calar opositores e impor medo aos que criticam o atual sistema de poder. “Eles estão confirmando tudo aquilo que a gente sempre falou: que o Brasil virou um Estado de exceção. As ações judiciais não são mais baseadas na lei, mas nos fatos políticos”, afirmou.

A tentativa de criminalizar sua atuação no exterior é, segundo Eduardo, mais uma prova de que há uma perseguição orquestrada contra a oposição. Ainda assim, o deputado deixou claro que não pretende recuar. “Querem nos intimidar, porém isso não irá me parar.”

As declarações ocorrem em um cenário tenso, onde aliados de Jair Bolsonaro denunciam a prisão prolongada e, muitas vezes, sem julgamento, de manifestantes do 8 de janeiro. A indignação cresce com o que chamam de “dois pesos e duas medidas” no tratamento de adversários políticos.

A articulação de Eduardo junto a parlamentares republicanos nos Estados Unidos, incluindo nomes influentes como o senador Marco Rubio, também é alvo da investigação. O grupo pressiona pela imposição de sanções ao ministro Alexandre de Moraes, acusado por bolsonaristas de ultrapassar os limites constitucionais.

“A cereja do bolo é que estão pressionando o Trump para sancionar Moraes. Um mafioso faria igual. Eles estão deixando isso exposto para todo mundo ver.”

Eduardo também alertou para o impacto diplomático que o governo brasileiro poderá enfrentar, caso decida defender Moraes em detrimento das relações com os EUA. Para ele, essa escolha caberá a Lula, e o custo político poderá ser alto:

“Se o governo Lula quiser comprar a briga do Moraes e mergulhar o Brasil numa disputa contra os Estados Unidos — que notoriamente são o lado mais forte —, essa será uma escolha do presidente. E se for essa a escolha, o povo vai ter que trocar de presidente, porque esse não está defendendo os interesses dos brasileiros, mas os do Alexandre de Moraes.”

Atualmente nos Estados Unidos, onde participa de encontros com lideranças conservadoras, Eduardo Bolsonaro tem reforçado sua denúncia sobre o que considera abusos do Judiciário, censura e perseguição contra vozes da direita. O movimento internacional, segundo ele, continuará, apesar das tentativas de intimidação.

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