
Tempo de espera para a emissão de vistos pode impedir que visitantes entrem no país.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Diante da proximidade da Copa do Mundo de 2026, o governo Trump estuda medidas emergenciais para lidar com a alta demanda por vistos de entrada nos Estados Unidos. Entre as alternativas em avaliação estão a ampliação da carga horária de oficiais consulares, com a adoção de turnos dobrados, e o uso de tecnologias como inteligência artificial para agilizar o processamento.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (21) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante uma audiência no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. A medida visa garantir que torcedores das 48 seleções participantes consigam entrar no país a tempo do evento, que será coorganizado por Estados Unidos, México e Canadá.
Empresários do setor de turismo já haviam manifestado preocupação com os longos prazos de espera para a emissão de vistos, que em alguns países ultrapassam um ano. Na Colômbia, por exemplo, o tempo médio atual é de 398 dias. “Se você ainda não pediu seu visto na Colômbia, provavelmente não chegará a tempo da Copa, a menos que adotemos turnos dobrados”, alertou Rubio.
Segundo o secretário, o Departamento de Estado estuda redirecionar diplomatas do serviço exterior para reforçar o setor consular, permitindo que embaixadas e consulados operem 24 horas por dia durante o período de pico. A expectativa é de que a inteligência artificial auxilie, especialmente, na análise de pedidos de pessoas que já tiveram visto anteriormente.
Além da Copa de 2026, os Estados Unidos receberão, já no próximo mês, o Mundial de Clubes da FIFA e, em 2028, os Jogos Olímpicos de Los Angeles — o que exige atenção redobrada quanto à mobilidade internacional de atletas, torcedores e profissionais.
Durante a audiência, o presidente da FIFA, Gianni Infantino — conhecido aliado político de Trump — garantiu que os torcedores internacionais serão bem-vindos. No entanto, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, fez um alerta incisivo: “Quem vier assistir aos jogos deve voltar para casa depois”.
Como parte da mobilização, Andrew Giuliani, filho do ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani e ex-assessor da Casa Branca, foi nomeado diretor executivo da força-tarefa presidencial responsável pela coordenação do megaevento esportivo.
LEIA TAMBÉM:
Faça um comentário