
Com firmeza, presidente dos EUA cobra ações concretas da Rússia e se posiciona como mediador para pôr fim ao conflito na Ucrânia
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em um movimento que reforça sua liderança global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou uma postura resoluta ao lidar com a crise entre Rússia e Ucrânia. Expressando profunda insatisfação com os recentes ataques russos, Trump deu um prazo de aproximadamente duas semanas para que Vladimir Putin demonstre compromisso genuíno com a paz. Sua abordagem combina pressão diplomática com a promessa de ações decisivas, caso a Rússia não corresponda às expectativas.
“Em cerca de duas semanas, saberemos se ele está nos enganando ou não e, caso esteja, responderemos de forma diferente”, declarou Trump, sinalizando que está acompanhando de perto as ações de Putin. Sem detalhar as possíveis consequências, o presidente deixou claro que sua paciência tem limites, destacando uma estratégia que busca resultados práticos em meio à escalada do conflito.
A frustração de Trump foi intensificada pelos ataques russos que mataram civis durante um período de supostas negociações. “Posso dizer apenas que estou muito decepcionado com o que aconteceu algumas noites atrás, quando pessoas morreram no meio de negociações. Estou muito decepcionado. Muito, muito decepcionado”, afirmou o presidente, enfatizando sua preocupação com a violência e a instabilidade gerada.
Compromisso com a Diplomacia
Determinado a buscar uma solução, Trump se mostrou aberto a mediar diretamente o conflito, expressando disposição para dialogar com Putin e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Farei isso se for necessário. Gostaria que isso tivesse acontecido há alguns meses, mas agora estamos trabalhando com Putin e veremos como as coisas vão. Acho que estamos avançando, mas só o tempo dirá. Não gosto do que está acontecendo, não gosto que foguetes sejam disparados contra cidades. Não vamos permitir isso”, declarou, destacando sua intolerância com a continuidade dos ataques.
No dia 19 de maio, Putin sugeriu, em uma ligação telefônica, uma colaboração com Trump e a Ucrânia para definir os termos de um possível cessar-fogo e um tratado de paz. Contudo, os bombardeios russos intensificados contra cidades ucranianas levantaram dúvidas sobre a sinceridade da proposta, levando Trump a alertar que Putin “está brincando com fogo”. A postura do presidente americano reflete um equilíbrio entre incentivar o diálogo e manter a Rússia sob pressão.
Negociações em curso sob pressão internacional
Um avanço significativo ocorreu em 16 de maio, quando representantes da Rússia e da Ucrânia se reuniram em Istambul, na Turquia, para as primeiras negociações diretas em três anos. O encontro resultou em uma troca de mil prisioneiros de cada lado, um sinal positivo do potencial das conversas. Apesar disso, a retomada dos ataques russos contra Kiev e outras cidades ucranianas gerou indignação, com Zelensky e líderes europeus intensificando pedidos por sanções mais duras contra Moscou.
Nesta quarta-feira, Vladimir Medinsky, principal negociador russo, indicou disposição para retomar as discussões, mencionando que a Ucrânia já apresentou uma proposta de acordo. A liderança de Trump, que alia firmeza com abertura ao diálogo, parece estar pavimentando o caminho para possíveis progressos, embora ele permaneça vigilante quanto às intenções russas.
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