
Apreensão aconteceu durante fiscalização na Ponte da Amizade; produtos foram encontrados escondidos em compartimento secreto de um veículo.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Receita Federal, apreendeu um carregamento com 400 canetas injetáveis para emagrecimento, durante uma operação de rotina na Ponte Internacional da Amizade, ligação terrestre entre o Brasil e o Paraguai, no município de Foz do Iguaçu (PR). A apreensão ocorreu na quarta-feira, 18 de junho.
Segundo as autoridades, o material estava cuidadosamente escondido em um fundo falso no porta-malas de um veículo com placas do Brasil. O carro foi abordado no momento em que cruzava a fronteira e, após uma inspeção minuciosa, os agentes localizaram as canetas — cuja marca não foi divulgada pela polícia.
A importação de medicamentos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é considerada crime federal, ainda mais grave quando envolve substâncias de uso controlado ou experimental. A legislação sanitária brasileira exige, para produtos desse tipo, prescrição médica emitida em duas vias e retenção obrigatória da receita no ponto de venda autorizado.
O caso reflete uma preocupação crescente das autoridades brasileiras com a entrada irregular de medicamentos de uso restrito e substâncias não autorizadas. Entre esses itens, estão produtos como a retatrutida — substância ainda em fase de estudos clínicos e sem aprovação para comercialização — e o Mounjaro, medicamento aprovado apenas para casos específicos e com rígido controle de distribuição.
Em um episódio recente, uma mulher brasileira de 31 anos foi detida no Aeroporto Internacional de Salvador (BA), ao tentar embarcar com 90 canetas emagrecedoras presas ao corpo, configurando transporte irregular de medicamentos proibidos. Esse tipo de flagrante vem se tornando comum nos principais pontos de entrada do país, tanto por via aérea quanto terrestre.
Os ocupantes do veículo abordado na fronteira foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal, onde deverão responder pelos crimes de contrabando e infração sanitária, podendo também ser enquadrados por risco à saúde pública.
As autoridades alertam a população sobre os perigos do uso de medicamentos sem prescrição médica, especialmente produtos adquiridos no mercado paralelo ou oriundos de outros países sem o devido registro sanitário no Brasil. Além dos riscos à saúde, a compra, venda ou transporte desses itens configura crime.
A operação integra o esforço contínuo das forças federais para combater o tráfico irregular de produtos farmacêuticos e proteger os consumidores brasileiros de substâncias potencialmente perigosas ou falsificadas.
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