
Aeronaves B-2 estratégicas foram deslocadas para a região do Pacífico enquanto Trump avalia a possibilidade de um ataque militar iminente contra instalações nucleares iranianas.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
No cenário de crescente tensão entre Washington e Teerã, a movimentação de bombardeiros B-2 norte-americanos reaqueceu os alertas de possíveis ataques a alvos estratégicos do Irã. Imagens e dados de rastreamento de voo indicam que as aeronaves partiram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, na noite da última sexta-feira (20).
Autoridades de defesa dos EUA afirmaram que “não houve nenhuma ordem para prosseguir com qualquer tipo de operação contra o Irã usando os B-2s”, mas reforçam que manter essas aeronaves em posição fortalece o arsenal de alternativas do presidente Donald Trump, que avalia uma ação direta.
Enquanto cruzavam o Pacífico neste sábado (21), os B-2 eram monitorados por fontes militares que apontavam a ilha de Guam como destino provável. Esse deslocamento, segundo dois oficiais ouvidos pela imprensa americana, não indica ofensiva imediata, mas reforça a presença militar na região.
A escolha dos B-2 não é aleatória. Eles são os únicos bombardeiros capazes de transportar a Massive Ordinance Penetrator, bomba de alto poder de perfuração considerada apta a danificar instalações subterrâneas altamente protegidas, como o complexo nuclear de Fordow. Cada aeronave leva até duas dessas bombas de 13.660 kg.
Discussões internas na Casa Branca dominam a agenda de Trump desde a semana passada. O presidente norte-americano tem se reunido frequentemente na Sala de Situação com assessores civis e militares para analisar as consequências de cada rota possível de ataque. Ele já indicou a assessores que o prazo de duas semanas anunciado para decidir se os EUA avançam militarmente é um limite máximo, mas que a ordem final pode vir antes.
“Movimentar aeronaves pode ser uma demonstração de força e um fator dissuasor enquanto Trump delibera”, destacou outra autoridade americana envolvida nas negociações.
Em meio a esse clima, novos encontros com a equipe de segurança nacional estão programados para o Salão Oval entre sábado e domingo. Até o momento, a Casa Branca preferiu não se manifestar publicamente sobre as reuniões e planos discutidos a portas fechadas.
Analistas em segurança alertam que qualquer ação militar contra instalações nucleares iranianas poderia desencadear reações imprevisíveis, envolvendo aliados regionais e elevando o risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio.
Com as aeronaves já próximas a bases estratégicas no Pacífico e reuniões de alto nível ocorrendo em Washington, a comunidade internacional acompanha cada movimento, na expectativa de saber se a diplomacia ainda encontrará espaço para evitar ataques.
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