Irã e Israel proclamam vitória e firmam cessar-fogo; Trump foi mediador do acordo

Netanyahu e Pezeshkian destacam conquistas de seus povos e sinalizam novo período de cautela e reconstrução.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

As declarações de vitória feitas nesta terça-feira (24) por Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Masoud Pezeshkian, presidente do Irã, marcam o encerramento de quase duas semanas de hostilidades entre os dois países. Cada lado enalteceu sua força militar e política, projetando confiança e reafirmando compromissos de segurança.

De Teerã, Pezeshkian se adiantou para saudar a mobilização do povo iraniano diante dos ataques. “Toda a glória desta vitória histórica pertence à grande nação construtora da civilização do Irã”, celebrou em nota oficial. Para ele, a resistência iraniana frustrou o objetivo de aniquilar instalações nucleares, mesmo com os danos registrados. “[Apesar dos] danos a algumas infraestruturas sejam considerados um grande dano e ferida à nossa pátria, os danos sofridos pelo inimigo agressor, apesar da severa propaganda e censura da mídia, foram inimagináveis”, apontou o líder iraniano.

Em Israel, Netanyahu sublinhou que os ataques foram decisivos para neutralizar riscos que, segundo ele, poderiam ter consequências devastadoras. “Eliminamos duas ameaças existenciais imediatas: a ameaça de aniquilação por bombas nucleares e a ameaça de aniquilação por 20.000 mísseis balísticos. Se não agíssemos agora, o Estado de Israel logo enfrentaria a ameaça de aniquilação”, justificou o premiê, em pronunciamento transmitido à nação.

A participação direta dos Estados Unidos, liderados por Donald Trump, também foi reconhecida pelo primeiro-ministro israelense como fator essencial para o desfecho do conflito. “A adesão dos Estados Unidos à campanha, não apenas na defesa, mas também na ofensiva, é um evento histórico. […] Israel nunca teve um amigo maior do que o Presidente Trump na Casa Branca”, disse, em agradecimento público.

A nova fase não promete descanso imediato para Israel, segundo Netanyahu. As operações militares continuam em outras frentes e a prioridade é resolver pendências em Gaza. “Não temos intenção de ‘tirar o pé do acelerador’. Precisamos concluir a campanha contra o eixo iraniano, derrotar o Hamas e garantir a libertação de todos os nossos reféns – vivos e mortos”, declarou.

Para viabilizar o cessar-fogo, Trump reforçou sua influência pessoal ao anunciar o pacto em sua rede social. Apesar de trocas de acusações de violações logo após o anúncio, o entendimento de ambos os lados prevaleceu e evitou uma escalada maior.

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