Candidato à Presidência de Portugal diz que imigração brasileira não é um problema

Henrique Gouveia e Melo manifestou esse posicionamento após participação em uma mesa de debates com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante o 13° Fórum de Lisboa.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Em declaração na última sexta-feira (4), o candidato independente à Presidência de Portugal Henrique Gouveia e Melo afirmou que não há problema com a imigração brasileira em Portugal, porque “a cultura é a mesma”.

“Os problemas de integração são muito facilmente resolúveis. E a imigração tem de ter, para ter sucesso, uma 2ª palavra associada, que é a integração”, disse o candidato à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.

Henrique manifestou esse posicionamento após participação em uma mesa de debates com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante o 13° Fórum de Lisboa, na capital portuguesa. Ele até concorda com os argumentos do governo de que “a imigração em Portugal está descontrolada”, mas defende cautela para que o país não “crie anticorpos” contra estrangeiros.

“De fato, os estudos sociológicos indicam que as sociedades que recebem mais de 15% da sociedade em população imigrante, e de forma muito rápida, acabam por desenvolver resistências a essa imigração”, afirmou.

Pacote anti-imigração

Neste fim de semana estava prevista a votação de um pacote anti-imigração no Parlamento de Portugal, mas as propostas que alteram as leis da Nacionalidade e de Imigração foram retiradas de pauta. Os dois projetos apresentados pelo governo do primeiro-ministro Luís Montenegro estão alinhados com o programa do partido Chega, de extrema-direita.

O governo encaminhou as propostas para a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República. No colegiado, os parlamentares podem discutir tanto o mérito dos projetos (conteúdo) quanto os argumentos jurídicos contra e a favor das ações. Isso evita que eles sejam derrubados judicialmente após aprovação.

Entre as medidas propostas estão o aumento do tempo mínimo de residência no país para a solicitação da cidadania, o endurecimento do processo para o reagrupamento familiar – quando imigrantes levam para Portugal familiares do seu país de origem – e a criação de uma política voltada para o combate à imigração ilegal.

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