
Impostor chegou a contatar chanceleres e autoridades americanas com o objetivo de obter acesso a informações confidenciais e contas.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Um golpista utilizou inteligência artificial para se fazer passar por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, e tentou enganar autoridades americanas e estrangeiras em busca de informações confidenciais. A tentativa de fraude foi revelada em um documento interno do Departamento de Estado.
Segundo o relatório, o impostor criou uma conta falsa de Rubio no aplicativo de mensagens Signal, utilizando um e-mail aparentemente legítimo. Para reforçar o golpe, usou um software de IA que imitava com precisão tanto a voz quanto o estilo de escrita do político.
O episódio teria ocorrido em meados de junho, mas só foi identificado pelas autoridades na última semana. Entre os alvos estavam três ministros das Relações Exteriores, um governador e um congressista dos EUA — cujos nomes não foram divulgados. Em pelo menos dois casos, o impostor deixou mensagens de voz, e em outro, enviou convites para iniciar conversas no Signal.
O documento ainda aponta que outros membros do Departamento de Estado também foram alvos de tentativas de personificação por e-mail.
O governo americano informou que abriu uma investigação e reforçou os protocolos de segurança digital. Até o momento, não há indícios de que o golpista tenha conseguido enganar algum dos alvos com sucesso.
🔍 Outros casos semelhantes
Essa não é a primeira vez que autoridades dos EUA enfrentam ataques desse tipo. Em abril, um falso integrante do Departamento de Estado conduziu uma campanha de phishing voltada para jornalistas e ativistas do Leste Europeu — com suspeitas de envolvimento de agentes russos.
Já em maio, o FBI alertou para o aumento de golpes com o uso de IA para simular vozes e identidades de figuras do governo, como no episódio em que golpistas se passaram pela chefe de gabinete de Donald Trump.
O uso do Signal nesse novo caso também reacende preocupações, já que o aplicativo é amplamente usado por autoridades americanas. Em março, ele já havia sido alvo de polêmica após a revelação de que membros do alto escalão do governo discutiam assuntos sigilosos por meio do app.
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