Estrangeiro ilegal é condenado por conspiração para tráfico de imigrantes nos EUA

As autoridades dizem  que o criminoso e seus cúmplices lucraram milhões de dólares às custas de milhares de pessoas contrabandeadas para os EUA

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Um estrangeiro natural de Honduras, que residia ilegalmente nos Estados Unidos, foi condenado nessa quarta-feira (9) por seu papel de liderança em uma conspiração massiva de contrabando de imigrantes que durou três anos, envolvendo cidadãos de 11 países. As investigações foram conduzidas pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) de Del Rio e várias agências federais e estaduais do sul do Texas.

Enil Edil Mejia-Zuniga, conhecido como Chino, de 34 anos, foi condenado a 10 anos de prisão e três de liberdade condicional, além do pagamento de multa no valor de US$ 4.500, por sua participação no contrabando de milhares de estrangeiros para os Estados Unidos, com ganhos financeiros. Ele se declarou culpado de três acusações de trazer um estrangeiro para os EUA, com fins lucrativos e de cumplicidade.

O processo ainda envolve as rés Monica Hernandez-Palma, do México; e Allyson Elsires Alvarez-Zuniga de Honduras, que se declararam culpadas em 2023 e aguardam sentença. Anteriormente, em maio, a Justiça já havia condenado a ré Genyi Arguenta-Flores, de Honduras, a cinco anos de prisão. Uma última ré se encontra sob custódia no México, aguardando pedido de extradição dos EUA.

O Agente Especial Encarregado das Investigações de Segurança Interna do ICE em San Antonio, Craig Larrabee, disse que a sentença de Mejia-Zuniga envia uma mensagem clara aos que exploram o sistema de imigração para lucro pessoal. “Por mais de três anos, esses indivíduos operaram uma rede transnacional de contrabando movida pela ganância, transportando imigrantes ilegais de 11 países em flagrante desrespeito à lei’, afirmou.

“A sentença neste caso é uma prova do compromisso da HSI com a defesa da segurança nacional. O tráfico de pessoas compromete a segurança de nossas fronteiras e interrompe os processos legais de imigração. A HSI continuará trabalhando incansavelmente para proteger nossa segurança nacional”, reforçou Craig.

Segundo Matthew R. Galeotti, chefe da Divisão Criminal do Departamento de Justiça, o hondurenho e seus cúmplices lucraram milhões de dólares às custas de milhares de pessoas contrabandeadas para os EUA. “Este caso representa o epítome das organizações criminosas implacáveis ​​e sofisticadas que exploram nossas fronteiras para ganho financeiro pessoal”, destacou.

Paquistanês baseado no Brasil fazia ponte entre imigrantes e organização

Conforme os documentos judiciais, entre novembro de 2020 e março de 2023, a organização criminosa de Mejia-Zuniga contrabandeou estrangeiros do Afeganistão, Iêmen, Egito, Índia, Paquistão e Colômbia através de Eagle Pass. O principal intercessor entre os imigrantes e a quadrilha era um paquistanês baseado no Brasil, que trabalhava com Mejia-Zuniga. O hondurenho providenciava toda a logística do transporte dos estrangeiros da América do Sul para os Estados Unidos.

Mejia-Zuniga admitiu ter contrabandeado entre 2.500 e 3.000 imigrantes ilegais para os Estados Unidos em dois anos. A organização criminosa cobrava entre US$ 6 mil e US$ 12 mil por estrangeiro. O hondurenho confessou que ganhava US$ 30 mil para cada 10 estrangeiros que chegavam ao Rio Grande e mais US$ 30 mil se esses imigrantes conseguissem chegar a San Antonio, no Texas. Um lucro significativo.

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