Bruxismo em alta: estresse e ansiedade impulsionam distúrbio que afeta dentes e qualidade de vida

Foto: internet
Cresce o número de brasileiros afetados pelo hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes, especialmente durante o sono. Condição pode causar fraturas dentárias, dores musculares e distúrbios do sono.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O bruxismo, distúrbio caracterizado pelo apertamento ou ranger dos dentes, tem se tornado cada vez mais comum entre os brasileiros. O aumento dos casos está associado, principalmente, ao avanço de condições emocionais como estresse e ansiedade, fatores que se intensificaram nos últimos anos, especialmente após a pandemia de Covid-19.

A condição pode ocorrer tanto durante o sono (bruxismo noturno) quanto durante o dia (bruxismo diurno). Enquanto o primeiro é considerado um distúrbio do sono, o segundo está mais relacionado a hábitos adquiridos por tensão e sobrecarga emocional. Ambos os tipos podem trazer prejuízos significativos à saúde bucal e à qualidade de vida.

Entre os sintomas mais frequentes estão dores faciais, estalos na articulação da mandíbula, desgaste ou fraturas nos dentes, dor de cabeça, sensibilidade dentária e cansaço ao acordar. Em casos mais graves, o bruxismo pode provocar disfunções na articulação temporomandibular (ATM), dificultando até mesmo ações simples como mastigar e falar.

O diagnóstico clínico é realizado por cirurgiões-dentistas e pode incluir, em alguns casos, exames complementares. O tratamento envolve múltiplas abordagens, como o uso de placas miorrelaxantes (placas de mordida), mudanças de hábitos, terapias para controle do estresse e, em algumas situações, uso de medicamentos com orientação médica.

Além do acompanhamento odontológico, recomenda-se atenção especial à saúde mental e emocional. A adoção de práticas como exercícios físicos regulares, técnicas de relaxamento, higiene do sono e redução de estimulantes (como cafeína e álcool) podem ajudar a reduzir os episódios de bruxismo.

Estudos publicados na Revista Brasileira de Odontologia estimam que entre 15% e 40% da população brasileira seja afetada pela condição. Já dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 30% da população mundial pode apresentar bruxismo em alguma fase da vida.

A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) reforça a importância das visitas regulares ao dentista para diagnóstico precoce, prevenção de complicações e orientação adequada sobre o tratamento.

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