Presidente norte-americano dá prazo de 50 dias para cessar-fogo e promete reforço militar à Ucrânia por meio da Otan.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, elevou o tom contra a Rússia nesta segunda-feira (14) ao condicionar um novo pacote de tarifas a um acordo de paz na Ucrânia. Durante encontro oficial na Casa Branca, Trump deixou claro que pretende agir rápido caso o conflito não seja interrompido em breve.
“Nós vamos aplicar tarifas secundárias se não tivermos um acordo em 50 dias, e nós vamos com 100%. É o jeito, não tem como ser mais simples, essa é a maneira. Eu espero que eu não tenha que fazer isso”, declarou o republicano, ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
Enquanto a guerra segue impactando a região, Trump destacou que a Ucrânia estaria aberta a negociações, mas ainda não vê sinais de mudança na postura russa. Ele também criticou os contínuos bombardeios contra a capital ucraniana e as vítimas civis.
A ameaça de tarifas não se limita ao governo de Vladimir Putin. Trump indicou que nações que mantêm laços comerciais com Moscou também podem enfrentar sanções indiretas, o que inclui grandes compradores de energia, como China, Índia e Brasil.
A pressão tem respaldo dentro do Congresso norte-americano. No fim de semana, o senador Lindsey Graham reforçou a possibilidade de punições aos países que continuam adquirindo petróleo russo.
Outra frente de apoio envolve o envio de armamentos. Trump revelou que parte do material bélico deve ser comprado pela Otan e repassado à Ucrânia para fortalecer o exército local. “Tem um grande acordo que fizemos. São bilhões e bilhões de dólares de equipamentos militares que estão sendo comprados dos Estados Unidos e indo pra Otan, e será rapidamente distribuído para o campo de batalha”, explicou.
Ao falar de Vladimir Putin, Trump apontou que, embora não o classifique como um assassino, considera o presidente russo um adversário estratégico duro. Ele relembrou que Putin, segundo ele, conseguiu contornar lideranças anteriores, mas não teve sucesso em enganá-lo. “Ele conseguiu enganar Clinton, Bush, Obama, Biden, mas não me enganou”, comentou.
As sanções contra Moscou se intensificaram desde o início da guerra em 2022. Mesmo assim, a Rússia tem conseguido manter sua economia ativa graças a parceiros comerciais que ignoram restrições impostas por potências ocidentais. Trump agora busca conter essa rede de apoio com novas ameaças econômicas e ações em conjunto com aliados da Otan.
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