
Militantes apoiados pelo Estado Islâmico atacaram uma igreja católica no leste da República Democrática do Congo (RDC), matando pelo menos 43 pessoas, entre sábado e domingo. O ataque pôs fim a meses de calma na região.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Na madrugada de sábado para domingo (27/07), o grupo insurgente ADF, com ligações ao Estado Islâmico, invadiu uma igreja católica na cidade de Komanda, na província de Ituri, nordeste da República Democrática do Congo, e executou um massacre durante uma reunião de oração. Segundo o exército congolês, 43 pessoas foram brutalmente assassinadas, entre elas 19 mulheres, 15 homens e 9 crianças.
A Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO) confirmou ainda que várias pessoas foram sequestradas, enquanto casas e comércios foram incendiados, aprofundando a crise humanitária em uma das regiões mais instáveis do mundo.
Vivian van de Perre, representante especial adjunta da ONU no país, classificou o ataque como “repugnante” e uma grave violação dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.
Segundo as autoridades locais, este foi o primeiro grande atentado na região de Ituri após meses de aparente calmaria. Em fevereiro, o mesmo grupo matou 23 pessoas em Mambasa, também na mesma província.
O exército congolês descreveu o atentado como um “massacre em grande escala”, acusando a ADF de atacar civis inocentes como forma de espalhar o terror e vingar-se da população.
A violência armada no leste da RDC continua sendo alimentada por disputas pelo controle de riquezas minerais como ouro, coltan e cobalto. Estima-se que mais de 130 grupos armados operem no país, tornando a região uma das mais perigosas do mundo.
Um cessar-fogo entre as forças congolesas e o grupo rebelde M23 havia sido acordado no último dia 19 de julho, mas o novo ataque do ADF reacende temores de uma nova onda de violência.
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