Hospitais em Gaza entram em colapso diante de aumento de feridos em áreas de distribuição de alimentos

OMS Uma jovem gravemente desnutrida recebe ajuda para se vestir
OMS alerta para crise de saúde sem precedentes: menos da metade das unidades hospitalares funcionam e a fome atinge níveis críticos, com quase toda a terra agrícola destruída ou inacessível.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis críticos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 27 de maio deste ano, ao menos 1.655 pessoas morreram e mais de 11,8 mil ficaram feridas, muitas delas enquanto tentavam acessar pontos de distribuição de alimentos.

Menos da metade dos hospitais da região permanece em funcionamento — e mesmo essas unidades operam de forma parcial ou mínima. A rede de atenção primária também está seriamente comprometida, com apenas 38% da capacidade ativa.

 Hospitais sobrecarregados e falta de insumos

O representante da OMS nos Territórios Palestinos Ocupados, Rik Peeperkorn, afirmou que os hospitais estão lotados, principalmente com pessoas feridas durante a busca por comida. A demanda por atendimento é tão alta que há uma escassez constante de sangue e plasma.

Peeperkorn alertou que, sem estoques mínimos, a vida de milhares de pacientes está em risco e destacou a urgência de reabastecer os suprimentos médicos.

 Fome em níveis alarmantes

A crise alimentar também se agrava rapidamente. Em julho, quase 12 mil crianças menores de cinco anos foram diagnosticadas com desnutrição aguda, o maior número mensal já registrado na região.

Uma avaliação conjunta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Centro de Satélites das Nações Unidas (Unosat) revelou que 98,5% das terras agrícolas de Gaza estão danificadas, inacessíveis ou ambas. Atualmente, apenas 1,5% dessas áreas — cerca de 232 hectares — podem ser usadas para cultivo, um número ainda menor que os 4,6% identificados em abril.

Além disso, 12,4% das terras cultiváveis, embora preservadas, não podem ser utilizadas por estarem em zonas classificadas como “proibidas”.

 Consequências para a população

Os dados indicam que mais de um terço dos habitantes de Gaza passa dias inteiros sem se alimentar. A combinação de colapso do sistema de saúde, destruição agrícola e bloqueios de acesso a áreas férteis está deixando milhões de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.

Para a OMS, a crise exige ações imediatas e coordenadas para garantir suprimentos médicos, restabelecer a produção de alimentos e permitir o acesso seguro da população a recursos básicos de sobrevivência.

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