Sanções dos EUA contra Moraes reforçam pressão internacional por limites ao STF

Medida é vista por setores da direita como um recado contra abusos de poder e em defesa da democracia.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A decisão dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou força no debate político brasileiro. O bloqueio de um cartão de crédito internacional, usado pelo magistrado, foi o primeiro efeito prático da inclusão de Moraes na Lei Magnitsky, legislação que pune autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violação de direitos humanos.

Ao menos um banco no Brasil já bloqueou o cartão do ministro, oferecendo como alternativa um cartão Elo, restrito ao território nacional.

Para muitos analistas políticos, o episódio representa um recado direto de Washington ao Supremo brasileiro: práticas consideradas autoritárias não passarão despercebidas pela comunidade internacional.

Autoridades norte-americanas avaliam ampliar as restrições, podendo impedir Moraes de utilizar companhias aéreas, hotéis e até serviços digitais como Apple e Google. A medida, embora inédita contra um magistrado brasileiro, é interpretada por setores da direita como um passo necessário para conter avanços autoritários e proteger a democracia.

Para críticos de Moraes, a atuação do ministro extrapola os limites constitucionais e coloca em xeque a independência dos Poderes.

A aplicação da Lei Magnitsky envia uma mensagem clara de que nenhum poder é absoluto e de que violações de liberdades individuais terão consequências no cenário internacional.

Enquanto dentro do STF Moraes aposta na solidariedade de sete ministros, a realidade externa é outra: a imagem do Judiciário brasileiro está sendo questionada globalmente. Para apoiadores das sanções, isso representa um sinal de que a comunidade internacional está vigilante e disposta a agir diante de excessos.

Para a direita, os EUA não estão interferindo na soberania brasileira, mas sim atuando como guardiões de valores democráticos universais.

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