Silas Malafaia dispara contra Alexandre de Moraes: “Ele vai cair e não me intimida”

Em culto no Rio de Janeiro, pastor relatou operação da PF, defendeu sua integridade e disse que continuará criticando abusos de autoridade com base na Constituição.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

O pastor Silas Malafaia voltou a se manifestar de forma firme contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) após apreensão de seu celular, passaporte e cadernos de anotações. O episódio aconteceu nesta quinta-feira (21), quando ele desembarcava no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, após retornar de viagem a Portugal.

Durante o culto na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Malafaia relatou que seus cadernos, contendo esboços de mensagens e discursos preparados para manifestações públicas, foram recolhidos.

“Me devolve esses cadernos, porque são esboços de mensagens que eu prego”, disse o pastor, ao considerar abusiva a apreensão de anotações particulares.

Em relação ao passaporte, Malafaia afirmou que não havia justificativa para a retenção do documento. “Pergunte a qualquer juiz: um ministro só pede apreensão de passaporte se houver provas de fuga iminente. Na quinta-feira eu estava em Portugal, soltei vídeos e voltei para o Brasil. Como é que eu vou fugir?”, questionou.

Em tom enfático, ele reforçou que não teme as consequências de sua postura.

“Não tenho medo de ser preso, não tenho medo de ser retaliado, e a pior coisa é você lutar com alguém que não tenha medo.”

O pastor ainda ressaltou que suas críticas a ministros do Supremo são sempre fundamentadas em dispositivos legais. “Todas as vezes que eu falo de ministro, eu cito a Constituição, que é a lei maior, que eles foram feitos para zelar. Não xingo, não calunio, não difamo, porque se fizer isso, aí sim é crime.”

Sobre o vazamento de conversas privadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Malafaia contestou a divulgação, destacando que o conteúdo apenas comprova sua independência. “O que o vazamento trouxe? A minha integridade, a minha honestidade. Critico o que tem que criticar e elogio o que tem que elogiar.” Ele também lembrou que a Constituição garante a inviolabilidade do sigilo das comunicações (art. 5º, inciso X).

Durante sua fala, o pastor Silas Malafaia destacou que, ao longo dos anos, já apoiou diferentes nomes em eleições, sempre no exercício de sua cidadania. Ele recordou ter declarado apoio a Aécio Neves em 2014 e, posteriormente, a Jair Bolsonaro em 2018, reforçando que suas escolhas são pautadas pela democracia e pela liberdade individual.

“Messias, para mim, só tem um: Jesus Cristo. O resto é apoio como cidadão, no exercício da democracia.”

O culto terminou com uma convocação à oração pelo país. Citando o livro de Jeremias, Malafaia afirmou que a paz social depende do engajamento coletivo da igreja. “Paz pessoal você só encontra em Cristo. Paz social vem quando oramos pela cidade, porque na sua paz vós tereis paz.”

Antes de encerrar, ele destacou que a igreja, como instituição, não se envolve em campanhas eleitorais. “A igreja de Jesus não apoia presidente, governador, senador, vereador ou deputado. Quem apoia sou eu e você, como cidadãos livres.”

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